O gigantesco furacão Ike já provoca muita chuva na sexta-feira no Texas, trazendo o risco de ondas de até 6 metros, no que pode ser a pior tempestade no Estado nos últimos 50 anos.
"Nossa nação está diante do que por qualquer critério é um furacão potencialmente catastrófico", disse o secretário de Segurança Doméstica, Michael Chertoff, alertando que o maior risco é o das ondas trazidas com o furacão. "Isso certamente se enquadra na categoria do pior cenário."
O Serviço Nacional de Meteorologia alertou para a "possibilidade de morte" de quem permanecer nas áreas litorâneas. As autoridades prevêem a inundação de até 100 mil casas.
O mercado de energia acompanha com preocupação a ameaça às refinarias na rota do Ike, que juntas processam 20 por cento do combustível usado nos EUA.
Embora seja menos intenso que o devastador furacão Katrina, de 2005, o fato de Ike ter um diâmetro maior faz com que movimente mais água, criando uma onda que o antecede. O atual furacão está na categoria 2, com ventos de 165 quilômetros por hora, e se dirigindo para Houston, quarta maior cidade dos EUA.
Seu centro deve chegar ao litoral durante a noite, possivelmente já na categoria 3 (da escala até 5), o que significa ventos acima de 178 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões.
Às 18h (hora de Brasília), a tempestade estava cerca de 220 quilômetros a sudeste de Galveston, deslocando-se a oeste-noroeste a 19 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões. Em Galveston, o nível do mar já havia subido mais de 2,7 metros.
O Departamento do Censo estima que 13 milhões de pessoas podem ser afetadas pelo furacão. Há risco de falta de energia em toda a área.
Os portos do Texas já estão fechados, e a Guarda Costeira disse que um cargueiro de 178 metros de comprimento com 22 pessoas a bordo está encalhado e sem energia 145 quilômetros a sudeste de Galveston, e que não há condições de tentar um resgate.
Jeff Masters, co-fundador do site meteorológico The Weather Underground, disse que este furacão é tão perigoso quanto um da categoria 5.
O maremoto pode atingir até mesmo locais mais afastados da costa, como o centro espacial Johnson, da Nasa, ao sul de Houston.
Cerca de 600 mil moradores deixaram Galveston, que fica numa ilha, e condados vizinhos, cumprindo ordens do governo. As autoridades alertaram que mais tarde os deslocamentos de carro ficariam perigosos.
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