O governo dos Estados Unidos ameaçou nesta sexta-feira cortar a ajuda aos palestinos se a Autoridade Nacional Palestina (ANP) seguir em frente com sua tentativa unilateral de obter reconhecimento da independência na Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro, disse o principal negociador palestino, Saeb Erekat. Os EUA e Israel se opõem de maneira veemente ao plano palestino, dizendo que o Estado da Palestina só pode nascer através das negociações. O processo de paz está em impasse há mais de um ano.
Erekat afirmou que o cônsul-geral dos EUA em Jerusalém, Daniel Rubinstein, lhe disse nesta sexta-feira que o Congresso americano tomará "medidas punitivas" se os palestinos seguirem com o plano de obter reconhecimento como Estado da ONU. "O Congresso não dará mais o pacote anual de auxílio aos palestinos de US$ 470 milhões", disse Rubinstein, de acordo com Erekat.
"Se a ANP busca melhorar sua posição na ONU através da Assembleia Geral então o Congresso dos EUA tomará medidas punitivas, que incluem a suspensão da assistência", disse Erekat citando Rubinstein. Erekat disse que pediu ao governo americano que tome medidas radicais.
Congressistas republicanos e democratas alertaram que a ajuda americana estará em risco se os palestinos buscarem o reconhecimento na ONU. Outros fatores que levariam à concretização dessa ameaça americana são as negociações entre a ANP e o Hamas e a suposta má vontade dos palestinos em retomarem as negociações com Israel.
As informações são da Associated Press.