O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, se pronunciou após novos ataques de milícias contra bases militares americanas no Oriente Médio| Foto: EFE/EPA/OLIVIER MATTHYS
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O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou nesta segunda-feira (13) que o país responderá a todos os ataques realizados por grupos ligados ao Irã contra suas tropas no Oriente Médio.

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O anúncio foi feito depois que novos bombardeios foram confirmados a partir do Iraque e da Síria durante a madrugada. “Esses ataques devem parar e, se isso não acontecer, não hesitaremos em fazer o que for necessário para proteger as tropas”, disse Austin, que cumpre agenda diplomática em Seul nos últimos dias.

Milícias pró-Irã atacaram duas bases com maior presença americana na província de Deir ez-Zor, no leste da Síria.

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Grupos armados apoiados por Teerã lançaram cerca de 15 projéteis contra o campo de gás de Kóniko, onde estão presentes as tropas da coligação internacional liderada por Washington, que luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), afirmou em comunicado o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Segundo a ONG, sediada no Reino Unido e com uma vasta rede de colaboradores no terreno, este é o maior ataque perpetrado “de dentro do território sírio” em meio a uma onda de ações que as milícias pró-iranianas têm realizado há quase um mês.

No domingo (12), aviões americanos atingiram uma instalação de armazenamento de armas e um centro de comando e controle de uma milícia ligada ao Irã na Síria, em retaliação aos contínuos ataques.

O chefe do Comando Central dos EUA, general Michael Kurilla, também emitiu um comunicado, afirmando que a ofensiva americana no Oriente Médio ocorre em resposta às "provocações do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e seus grupos afiliados no Iraque e na Síria".

“Os Estados Unidos continuarão a defender o seu pessoal e os seus interesses”, diz o comunicado.

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Milícias apoiadas pelo Irã iniciaram bombardeios contra Israel e bases militares americanas na semana seguinte ao ataque surpresa do Hamas contra o território israelense. Desde então, esses grupos realizam uma série de ações terroristas na região.

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou que a escalada da violência no Oriente Médio é "inevitável".

“Devido à expansão da intensidade da guerra contra os residentes civis de Gaza, a expansão do âmbito da guerra tornou-se inevitável”, disse o representante do regime iraniano durante conversa com seu homólogo do Catar, Xeque Mohammed Bin Abdulrahman Al Thani. Os dois países são acusados de financiar as atividades terroristas na região.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]