O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou nesta segunda-feira (13) que o país responderá a todos os ataques realizados por grupos ligados ao Irã contra suas tropas no Oriente Médio.
O anúncio foi feito depois que novos bombardeios foram confirmados a partir do Iraque e da Síria durante a madrugada. “Esses ataques devem parar e, se isso não acontecer, não hesitaremos em fazer o que for necessário para proteger as tropas”, disse Austin, que cumpre agenda diplomática em Seul nos últimos dias.
Milícias pró-Irã atacaram duas bases com maior presença americana na província de Deir ez-Zor, no leste da Síria.
Grupos armados apoiados por Teerã lançaram cerca de 15 projéteis contra o campo de gás de Kóniko, onde estão presentes as tropas da coligação internacional liderada por Washington, que luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), afirmou em comunicado o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Segundo a ONG, sediada no Reino Unido e com uma vasta rede de colaboradores no terreno, este é o maior ataque perpetrado “de dentro do território sírio” em meio a uma onda de ações que as milícias pró-iranianas têm realizado há quase um mês.
No domingo (12), aviões americanos atingiram uma instalação de armazenamento de armas e um centro de comando e controle de uma milícia ligada ao Irã na Síria, em retaliação aos contínuos ataques.
O chefe do Comando Central dos EUA, general Michael Kurilla, também emitiu um comunicado, afirmando que a ofensiva americana no Oriente Médio ocorre em resposta às "provocações do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e seus grupos afiliados no Iraque e na Síria".
“Os Estados Unidos continuarão a defender o seu pessoal e os seus interesses”, diz o comunicado.
Milícias apoiadas pelo Irã iniciaram bombardeios contra Israel e bases militares americanas na semana seguinte ao ataque surpresa do Hamas contra o território israelense. Desde então, esses grupos realizam uma série de ações terroristas na região.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou que a escalada da violência no Oriente Médio é "inevitável".
“Devido à expansão da intensidade da guerra contra os residentes civis de Gaza, a expansão do âmbito da guerra tornou-se inevitável”, disse o representante do regime iraniano durante conversa com seu homólogo do Catar, Xeque Mohammed Bin Abdulrahman Al Thani. Os dois países são acusados de financiar as atividades terroristas na região.