O governo da Venezuela, liderado pelo ditador Nicolás Maduro, suspendeu os efeitos das primárias de outubro, que definiram María Corina Machado como adversária do chavista nas urnas em 2024| Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa
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O governo dos Estados Unidos afirmou que a Venezuela tem até o dia 30 de novembro para permitir que todos os candidatos concorram às eleições presidenciais de 2024, inclusive a vencedora das primárias de outubro María Corina Machado ou, caso contrário, voltará a impor as sanções recentemente suspensas.

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“Antes do final de novembro, temos que ver um processo de reabilitação de todos os candidatos, incluindo María Corina Machado. Os venezuelanos que devem decidir quem serão os seus líderes”, disse Juan González, principal assessor para assuntos da América Latina do presidente dos EUA, Joe Biden, à emissora de notícias NTN24.

González indicou que o governo americano também espera ver a libertação de "americanos detidos injustamente na Venezuela e outros presos políticos".

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Na entrevista, o assessor afirmou que, se estas condições não forem cumpridas, os EUA reverterão o alívio das sanções contra a Venezuela, aplicado após a assinatura de um acordo eleitoral entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição no dia 17 de outubro, em Barbados.

"Temos que ver resultados para demonstrar que este primeiro passo foi bem sucedido. Demos um grande passo para enviar o sinal do nosso compromisso, mas depois de 30 de novembro, se essas expectativas não forem satisfeitas, teremos que tomar medidas para desmantelar esse alívio das sanções", afirmou.

“Poderemos retirar integralmente as licenças gerais e também há diferentes opções que estamos desenvolvendo, consultando o Congresso”, acrescentou González.

No dia 22 de outubro, a plataforma opositora venezuelana realizou eleições primárias nas quais María Corina Machado, que está sujeita à inabilitação para ocupar cargos eletivos por ordem administrativa, obteve uma grande vitória.

No entanto, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela anunciou poucos dias depois a suspensão para “todos os efeitos” de todas as fases das primárias da oposição, em resposta a um recurso apresentado pelo deputado opositor José Brito, que pediu a investigação de possíveis “irregularidades" no processo.

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Após a assinatura dos acordos entre o governo e a plataforma opositora venezuelana visando as eleições presidenciais de 2024, o governo dos EUA aliviou temporariamente as sanções ao país sul-americano relativas à exploração dos seus ricos recursos de petróleo e gás.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC) autorizou temporariamente empresas americanas a realizarem determinadas operações no setor venezuelano de hidrocarbonetos que eram proibidas e condicionou a renovação do alívio ao cumprimento dos acordos entre o governo e a oposição para as eleições presidenciais de 2024.

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, garantiu nesta terça-feira (7) que em 2024 haverá eleições presidenciais “com ou sem sanções”, o que representa uma “decisão soberana” do seu país, que, segundo ressaltou, não aceitará “chantagem”.

“Ano que vem teremos eleição presidencial, está lá na Constituição e, como sempre, vai ser cumprida, impecavelmente, com sanções ou sem sanções, vamos às eleições", declarou Maduro durante uma reunião com setores políticos, econômicos e sociais transmitida pela emissora pública VTV(Com agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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