O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou ontem uma declaração na qual lamenta as mortes na ação israelense contra uma frota com ajuda humanitária que se dirigia para a Faixa de Gaza e pede a investigação "imediata, imparcial e confiável" do incidente. O documento, porém, ficou mais brando do que pretendiam a Turquia e alguns membros do Conselho, graças à atuação da diplomacia norte-americana.
A moção, emitida após negociações que se estenderam até a madrugada de ontem, apenas condena "os atos" que resultaram na morte de pelo menos nove pessoas - o número exato de mortos ainda não foi informado por Israel -, sem atribuir responsabilidade a ninguém pela ação.
"Lamentamos profundamente a perda de vidas e os ferimentos que resultaram do uso da força durante a operação militar israelense em águas internacionais contra um comboio que navegava para a Faixa de Gaza. Neste contexto, condenamos estes atos que resultaram na morte de ao menos dez civis", diz a declaração, que não carrega o peso de uma resolução.
Apesar de o texto ser um pouco mais rigoroso do que pretendiam os Estados Unidos, os turcos não conseguiram incluir uma condenação aos israelenses por violação de leis internacionais. Segundo a declaração, Israel "deve liberar os navios e os civis detidos" - algo que o primeiro-ministro israelense, Binyamin Bibi Netanyahu, anunciou ontem que faria nas próximas horas. A declaração também é vaga sobre a investigação.
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