Os Estados Unidos estão abordando mais países na retomada da Rodada Doha de negociações comerciais globais, disse uma autoridade comercial norte-americana na terça-feira, apesar da crescente hostilidade de alguns produtores rurais dos EUA contra o processo.

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``Continuamos ampliando o círculo de pessoas em termos de encontrar com os países, explicar a eles o que está acontecendo'', disse à Reuters, sob anonimato, um funcionário do escritório de representação comercial dos EUA, sem explicar que países foram procurados.

Questões sobre subsídios e tarifas agrícolas são o principal entrave à rodada, iniciada há cinco anos. Nesta semana, a União Nacional dos Agricultores dos EUA, que representa pequenos produtores, pediu ao governo Bush que ''abandone imediatamente'' as negociações.

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Na conferência da entidade os delegados disseram que um acordo da Rodada Doha iria ``devastar a agricultura norte-americana e acelerar a corrida para o fundo do preço das commodities''.

``Conselho interessante'', respondeu o escritório de representação comercial. ``Esperamos que, se conseguirmos um acordo bom para a agricultura dos EUA, os produtores reajam a ele com base em seus próprios méritos'', afirmou a fonte.

Mas a Federação Americana do Burô da Agricultura, maior entidade do setor, tem outra opinião sobre Doha. Esse grupo, que reúne produtores de commodities como milho e soja, defende um acordo, desde que represente novos clientes para seus produtos no mundo.

A fonte do escritório comercial minimizou as especulações das últimas semanas de que haveria um consenso iminente entre EUA e Europa, os dois maiores exportadores agrícolas do mundo. Embora essencial, esse acordo seria mal recebido pelos países em desenvolvimento, segundo o funcionário.

Além disso, persistem grandes diferenças entre os dois blocos e países como a Índia.

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