Washington - O governo americano proibiu o transporte de cargas vindas do Iêmen e da Somália, além do transporte de cartuchos de impressoras pesando mais de meio quilo em todos os voos de passageiros, domésticos ou internacionais, com destino aos EUA.
"As ameaças de terrorismo que enfrentamos são sérias e estão em evolução, e essas medidas de segurança refletem nosso compromisso em usar a inteligência atual para ficar à frente dos adversários", disse em nota a secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano.
As novas regras foram anunciadas após autoridades de combate ao terrorismo terem frustrado um plano de ataque há duas semanas. Bombas foram enviadas dentro de cartuchos de impressoras em pacotes despachados em aviões de carga do Iêmen rumo aos EUA. Após uma pista fornecida pela Arábia Saudita, os pacotes-bomba foram encontrados nos Emirados Árabes e no Reino Unido.
O braço da Al-Qaeda no Iêmen reivindicou a responsabilidade pelo plano e também assumiu um atentado envolvendo um terceiro avião de carga da empresa UPS (United Parcel Service) ocorrido em setembro. A Al-Qaeda na Península Árabe divulgou um comunicado dizendo que continuará a combater os interesses americanos e ocidentais. O grupo disse especificamente que vai ter como alvo aviões civis e de cargas.
Imediatamente após o plano de ataque ser frustrado, os EUA ordenaram a suspensão temporária de todas as cargas vinda do Iêmen. Ontem, a proibição foi estendida à Somália.
As mesmas medidas já tinham sido anunciadas pelo governo britânico há uma semana.
O Reino Unido e a França já anunciaram a suspensão de todos os voos de carga vindos do Iêmen. Voos diretos de passageiros do Iêmen para o Reino Unido já estavam suspensos.
A Alemanha suspendeu voos de carga e passageiros partindo de solo iemenita. Canadá e Holanda suspenderam todos os voos de transporte postal e de carga procedentes do país não há voos de passageiros entre o Iêmen e os dois países.
A União Europeia (UE) anunciou ontem que criará uma lista negra com aeroportos de países considerados perigosos para aumentar o controle sobre as mercadorias procedentes dessas nações.