O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega| Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa
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O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (29) a inclusão de mais 100 funcionários municipais do regime da Nicarágua na lista de pessoas com entrada proibida nos EUA. Essa nova medida eleva para mais de 1 mil o número de indivíduos ligados ao regime de Daniel Ortega sancionados pela Casa Branca.

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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou por meio de um comunicado que as restrições de visto foram impostas devido ao “papel desses funcionários no apoio aos ataques do regime de Ortega aos direitos humanos, liberdades fundamentais e à repressão de organizações da sociedade civil”.

Blinken condenou também o recente fechamento das universidades católicas, incluindo a Universidade Centro-Americana (UCA) e o Instituto Centro-Americano de Administração de Empresas (INCAE). Ele destacou que essas ações prejudicam os “sonhos dos nicaraguenses que buscam um futuro melhor”.

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Recentemente, o INCAE foi fechado pelo regime de Ortega, que alegou descumprimento de “obrigações financeiras e inconsistências nos dados” do instituto. O INCAE já havia participado de uma mesa de debates em 2019 para encontrar uma solução para a crise política no país.

Além das novas sanções, Blinken exigiu a libertação de todos os presos políticos da Nicarágua, incluindo o bispo Rolando Álvarez, acusado de traição à pátria. O bispo foi condenado a 26 anos de prisão e é uma das muitas vítimas da repressão do regime de Ortega perpetrada contra membros da Igreja Católica.

Em meio as sanções, a Nicarágua segue colocando em prática sua perseguição contra opositores políticos e recentemente prendeu o deputado indígena Brooklyn Rivera.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]