Os serviços de inteligência dos Estados Unidos estão analisando se o extremista que aparece em um vídeo de propaganda do Estado Islâmico (EI) defendendo a jihad e executando soldados sírios a tiros é um cidadão americano, informou neste sábado a emissora "CNN".
O suposto jihadista, que aparece encapuzado, fala em inglês com sotaque americano no final do vídeo de quase uma hora intitulado "Flames of War" (chamas da guerra, tradução livre) enaltecendo os avanços do EI na Síria e no Iraque. O filme também mostra a execução a sangue frio de soldados capturados.
O homem fala árabe clássico e garante em inglês que o filme está sendo gravado no posto da 17ª Divisão do Exército sírio em Al Raqqa, que agora é bastião da milícia jihadista sunita.
Vestido com roupas camufladas, o extremista fala enquanto supostos soldados sírios capturados cavam uma vala, onde posteriormente o locutor e outros integrantes do EI os executam com tiros na nuca.
Segundo a "CNN", a inteligência americana analisa a voz e outros detalhes do filme, que foi divulgado no YouTube e em outros sites como o Liveleak, para tentar determinar a identidade desse indivíduo, que poderia ser o primeiro americano do EI a realizar uma execução na frente das câmeras.
As autoridades de inteligência dos EUA estimam que mais de 100 americanos viajaram ao Oriente Médio para cruzar a fronteira da Síria e se juntar às milícias jihadistas, entre elas o Estado Islâmico.