O Pentágono informou nesta quarta-feira ao Congresso dos Estados Unidos um acordo para a modernização dos caças F-16 da Força Aérea taiwanesa por um montante de 5,8 bilhões de dólares, que inclui novos equipamentos, apoio logístico e capacitação.
Vários congressistas apoiavam um acordo mais amplo, que incluísse a venda de novos caças F-16 C/D, algo a que a China se opõe. O contrato apenas implica a modernização dos cerca de 146 F-16 A/B com os quais Taiwan dispõe atualmente.
"A venda de capacitação e de suporte logístico não modificará o equilíbrio militar da região", afirmou em um comunicado a Agência de Cooperação para a Defesa e a Segurança do Pentágono.
O Departamento de Defesa indicou que os pilotos taiwaneses viajarão à base aérea de Luke, no Arizona (sudoeste dos Estados Unidos), para receber um treinamento de "ajuda a vítimas de catástrofes e operações de evacuação não ofensivas".
No entanto, Pequim advertiu nesta quarta-feira que o acordo do Pentágono com a força aérea taiwanesa vai "inevitavelmente prejudicar" as relações entre China e Estados Unidos.
"Os atos repreensíveis por parte dos Estados Unidos vão inevitavelmente prejudicar as relações bilaterais, assim como os intercâmbios e a cooperação nos campos militares e de segurança", declarou o vice-ministro chinês de Relações Exteriores, Zhang Zhijun.
Zhang recebeu as instruções de convocar o embaixador dos Estados Unidos em Pequim, Gary Locke, e comunicar um firme protesto, escreve a agência oficial de imprensa Xinhua.
Uma lei adotada pelo Congresso americano em 1979 estipula que os Estados Unidos devem prover armas defensivas a Taiwan, apesar da oposição da China, com a qual Washington estabeleceu relações diplomáticas naquele ano.
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