Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira novas medidas de segurança para substituir as revistas obrigatórias de viajantes de 14 países, que foram impostas após uma tentativa fracassada de explodir um avião no dia do Natal e que irritaram algumas nações aliadas.
As medidas visam a reduzir significativamente o número de passageiros submetidos a revistas adicionais. Elas não serão baseadas na nacionalidade ou no passaporte dos passageiros, mas em características assinaladas por agências de inteligência.
"Essas novas medidas empregam dados da inteligência transmitidos em tempo real e baseados em ameaças recebidas, juntamente com camadas múltiplas e aleatórias de segurança, tanto vistas quanto não vistas, para mitigar com mais eficácia as possíveis ameaças terroristas" disse Janet Napolitano, secretária da Segurança Interna.
Um alto funcionário da administração disse a repórteres, sob condição de anonimato, que, pelo novo sistema, os passageiros só serão submetidos a revistas adicionais se corresponderem às descrições de suspeitos de terrorismo, como descrição física, nome parcial ou padrão de viagem.
"O novo sistema é muito mais adaptado ao que os serviços de inteligência nos estão transmitindo, que tipo de ameaça embute, em vez de revistar todos os indivíduos de determinada nacionalidade ou todos os indivíduos que usam determinado passaporte," disse o funcionário.
Ele descreveu as medidas que estão sendo revogadas como "um instrumento de força bruta."
Os nomes de suspeitos de terrorismo identificados pelo governo americano vão continuar a ser incluídos em listas de vigilância de segurança e nas listas de passageiros proibidos de voar, como parte das medidas de segurança tomadas pelas companhias aéreas.
As novas medidas afetam passageiros que entram nos EUA independente da origem. As regras em vigor desde janeiro exigiam que passageiros chegando aos EUA de 14 países fossem sujeitos a revistas especialmente rigorosas antes de embarcar.
Os EUA implementaram essas medidas depois de um nigeriano ter tentado detonar explosivos escondidos sob sua roupa em um voo de Amsterdã a Detroit, em 25 de dezembro passado.
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