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Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira (9) que Israel concordou em permitir “pausas humanitárias” de quatro horas no norte da Faixa de Gaza com o objetivo de facilitar a saída de civis.
Em uma conversa com jornalistas, o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, anunciou que Israel comunicou aos EUA que durante estas pausas, que começariam hoje, “não haverá operações militares”. Entretanto, o governo israelense diz que estas medidas já vinham sendo adotadas nos últimos dias.
O jornal Times of Israel afirmou que Israel tem implementado pausas desde domingo (5), ao abrir um corredor humanitário diário de quatro horas na estrada Salah a-Din para que os palestinos do norte de Gaza sigam para o sul.
No entanto, segundo o periódico, o governo israelense tem se referido a essas ações como “corredores humanitários” e não como “pausas humanitárias”.
“Israel está abrindo corredores seguros do norte ao sul da Faixa, com 50 mil habitantes de Gaza utilizando-o apenas ontem”, informou o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, segundo o Times of Israel.
O premiê havia dito no início da semana que o Estado judeu poderia admitir pequenas pausas táticas no conflito com o grupo terrorista Hamas.
Na semana passada, Netanyahu afirmou que um cessar-fogo só ocorreria caso os cerca de 240 reféns mantidos pelo Hamas fossem libertados. Em entrevista à emissora americana ABC News, o premiê manteve essa posição, mas admitiu que pequenas pausas poderiam ser adotadas.
O porta-voz da Casa Branca lembrou que as pausas no sul de Gaza permitiram a saída de milhares de pessoas e a entrada de ajuda humanitária, mas que este auxílio precisa aumentar.
Nesse sentido, comemorou que 106 caminhões tenham entrado no sul de Gaza através da passagem de Rafah, que conecta o enclave com o Egito, mas espera que este número aumente o mais rápido possível. (Agência EFE)