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Ucrânia

EUA anunciam sanções contra 20 pessoas e Rússia dá o troco

Homens armados em posto do Exército de Simferopol | Baz Ratner/Reuters
Homens armados em posto do Exército de Simferopol (Foto: Baz Ratner/Reuters)
Obama caminha até microfone para falar sobre a crise ucraniana, na Casa Branca |

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Obama caminha até microfone para falar sobre a crise ucraniana, na Casa Branca

O presidente dos Estados Uni­dos, Barack Obama, anunciou ontem sanções a mais 20 pessoas, inclusive amigos do presidente russo, Vladimir Putin, em mais um passo contra a anexação da península da Crimeia pela Rússia.

A medida congela os bens dessas pessoas nos EUA e as impede de entrarem no país.

Entre elas, está o empresário bilionário Arkady Roten­berg, que treinava judô com Putin. Amigo de infância de Putin, Rotenberg enriqueceu durante seu governo, em grande parte por seu posto à frente da empresa produtora de vodca Rosspirtprom, para o qual foi indicado pelo presidente.

Moscou respondeu os EUA replicando as punições contra nove americanos. Entre eles estão o senador republicano John McCain e o presidente da Câmara dos Representantes (deputados), John Boehner.

A nova lista dos EUA representa uma ameaça maior a Putin, já que inclui aliados como o chefe de gabinete dele, Sergei Ivanov, e amigos de longa data como Vladimir Yaku­nin e Arkady Rotenberg.

Na segunda-feira, os EUA já haviam imposto restrições a 11 indivíduos, uma medida considerada leve no contexto da crise ucraniana, vista como o episódio de maior tensão entre os dois países desde a Guerra Fria.

O banco russo Rossiya também foi sancionado pelo governo americano.

Obama assinou ainda um decreto-lei que lhe permitirá ampliar a punição econômica a setores importantes da economia russa.

Sobre a sanção que lhe foi imposta, Boehner disse estar "orgulhoso por ter sido incluído em uma lista daqueles que se opõem à agressão de Putin". Já o senador McCain respondeu com ironia dizendo que suspendeu as férias na Sibéria.

Apesar das sanções, a Câ­mara baixa do Parlamento da Rússia aprovou ontem a anexação da Crimeia, uma província autônoma da Ucrâ­nia, ao território do país. O Se­nado vota hoje para completar o processo.

Na última terça, Putin assinou o tratado que anexa a Crimeia, em resposta a um referendo em que 97% da população decidiu pala anexação, considerada ilegítima pelos EUA e pela União Europeia.

Forças pró-Putin capturam dois navios de guerra ucranianos

Agência Estado

Forças pró-Rússia assumiram o controle de dois navios de guerra ucranianos ontem na Crimeia, após a Ucrânia ter reiterado que suas tropas estão sendo ameaçadas na região. As tensões permanecem elevadas na península apesar da libertação de um comandante naval ucraniano que havia sido detido. A tomada da corveta ucraniana Khmelnitsky em Sebastopol teve disparos de tiros, mas nenhum ferido, relatou um fotógrafo da Associated Press que estava no local. Outro navio, o Lutsk, também foi cercado por forças pró-Rússia. O Ministério da Defesa da Ucrânia ainda não havia se manifestado sobre os incidentes. Mais cedo, o vice-ministro da Defesa da Ucrânia, Leonid Polyakov, acusou tropas russas de ameaçar constantemente invadir bases militares onde soldados ucranianos estavam instalados, de acordo com a agência de notícias Interfax. Em Genebra, o embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas, Yuri Klymenko, alertou sobre a deterioração das relações com a Rússia.

Ministro da Defesa russo diz que tropas não cruzarão fronteira

Agência Estado

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, assegurou ontem ao secretário de Defesa norte-americano, Chuck Hagel, que as forças russas ao longo da fronteira leste entre Rússia e Ucrânia não têm intenção de cruzar a linha para o território ucraniano, disse o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante da Marinha John Kirby. Segundo ele, Hagel e Shoigu discutiram a situação na Ucrânia em um telefonema de uma hora. "O secretário Hagel apreciou o tempo de Shoigu e a garantia do ministro de que as tropas por ele dispostas ao longo da fronteira estão lá para realizar exercícios apenas", salientou Kirby.

Opinião

Em que medida sanções são uma resposta boa para a anexação da Crimeia pela Rússia?Deixe seu comentário abaixo e participe do debate.

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