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Crime organizado

EUA aplicam sanções ao PCC e outros grupos criminosos internacionais

Governo Biden também anunciou a criação de um conselho para processar mais rapidamente questões sobre crime organizado transnacional (Foto: EFE/EPA/LEIGH VOGEL)

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O governo dos Estados Unidos impôs nesta quarta-feira (15) sanções contra grupos criminosos de Brasil, México e China, e anunciou a criação de um Conselho sobre Crime Organizado Transnacional, que busca processar mais rapidamente este tipo de atividades.

Entre os afetados pelas novas sanções, anunciadas em comunicados do Departamento do Tesouro e da Casa Branca, está o brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC), cujas operações englobam América do Sul, EUA e Europa.

As autoridades americanas também destacaram como organizações de tráfico de drogas dois grupos mexicanos que emergiram do cartel Beltrán Leyva: Los Rojos e Guerreros Unidos, considerados responsáveis por grande parte do tráfico de heroína do México para os Estados Unidos.

Washington ainda incluiu na sua lista de reis da droga o grupo chinês Chuen Fat Yip, que lidera uma rede na China dedicada à venda de fentanil e vários produtos químicos precursores; e várias empresas chinesas envolvidas nestas operações: Wuhan Yuancheng Gongchuang Technology, Shanghai Fast-Fine Chemicals e Hebei Atun Trading.

Como resultado da designação, quaisquer ativos que estes grupos e empresas possam ter sob jurisdição dos EUA são congelados. Os sancionados também estão proibidos de efetuar transações financeiras com cidadãos dos EUA.

O novo conselho, estabelecido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, através de uma ordem executiva, incluirá funcionários dos Departamentos de Justiça, Tesouro, Estado, Defesa, Segurança Nacional e do gabinete do diretor de Inteligência Nacional.

“As organizações de tráfico de drogas estão entre as ameaças mais significativas e com maiores recursos que os Estados Unidos enfrentam”, disse um funcionário americano de alto escalão, que solicitou anonimato, em entrevista por telefone.

Com a criação do conselho, afirmou a fonte, Washington busca ter mais “agilidade e flexibilidade” para processar estas redes criminosas que “funcionam cada vez mais como conglomerados internacionais” e cujas operações representam “um risco para a estabilidade e eficiência dos mercados e sistemas financeiros”.

“As atividades incluem corrupção e violência em larga escala, minando o estado de direito e pondo em perigo os governos democráticos”, acrescentou.

A fonte também observou que estas organizações “se afastaram das estruturas hierárquicas” e estão “agora mais descentralizadas, tendo os seus agentes financeiros pouco contato com os capos, o que complica o rastreamento por parte das autoridades”.

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