O subsecretário de Estado dos Estados Unidos, William Burns, expressou ontem o compromisso do governo de Barack Obama de ajudar os egípcios "nesta segunda oportunidade para conseguir os objetivos da revolução e estabelecer um estado democrático".
Na primeira visita de um dirigente do governo americano desde a derrubada do presidente islamita Mohamed Mursi, Burns analisou os recentes mudanças na cena política egípcia com o presidente interino, Adly Mansour, o primeiro-ministro, Hazem el Beblaui, e o ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas egípcias, general Abdel Fatah al Sisi,
A visita de Burns coincidiu com maciços protestos contra as novas autoridades e em apoio a Mursi, que tiveram seu epicentro na praça de Rabea al Adauiya, no leste do Cairo, e se intensificaram após a interrupção do jejum do Ramadã ao cair da noite.
Nas reuniões de Burns com os novos dirigentes egípcios foi abordado o roteiro projetado para o processo de transição que começou no último dia 3, quando o Exército destituiu Mursi após grandes manifestações para pedir eleições antecipadas.
O subsecretário de Estado dos EUA pediu que esta etapa de transição seja "transparente e inclusiva" e afirmou que o "diálogo contínuo sem excluir lugar algum" permitirá aos egípcios reformar a Constituição e realizar eleições.
No dia 8, Mansur emitiu uma declaração constitucional que prevê uma reforma da atual Carta Magna suspensa pelos militares e estipula um calendário para a realização de eleições parlamentares e presidenciais no começo do ano que vem.
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