O governo dos Estados Unidos deixou claro nesta quarta-feira (12) que a atual conjuntura política mundial requer aprofundar a cooperação internacional e reforçar os investimentos nacionais, para manter a hegemonia e a competitividade com países como Rússia e China.
"Os Estados Unidos são fortes no exterior porque são fortes em casa. Nossa economia é dinâmica. Seguiremos defendendo a democracia ao redor do mundo, enquanto trabalhamos em casa para estarmos a altura do ideal consagrado nos documentos fundadores", afirma Joe Biden, na introdução da estratégia de segurança nacional dos EUA.
Para os EUA, a Rússia representa uma ameaça imediata para o sistema internacional livre e aberto, enquanto a China é vista como o único competidor com intenção de remodelar a ordem internacional e, cada vez mais, a econômica.
A estratégia americana diante do país asiático gira em torno de investir nas bases de sua fortaleza doméstica e alinhar esforços com sua rede de aliados e parceiros. Ao mesmo tempo, adverte que fará com que Pequim "preste contas pelos abusos", como "crimes e o genocídio contra a humanidade em Xinjiang, além de violações aos direitos humanos no Tibet.
O governo americano acrescenta que sua política de "uma só China" não mudou e que se opõe a qualquer mudança unilateral do status quo e que mantém o compromisso com a autodefesa de Taiwan e com sua própria capacidade para resistir a qualquer recurso à força ou coerção contra a ilha.
Washington condena a Rússia por ter optado por uma política exterior "imperialista", que culminou com a invasão da Ucrânia, e sustenta que o país representa uma ameaça imediata e contínua à paz e à estabilidade internacional. "Juntaremos ao mundo para que preste contas", indica o documento, que reforça o apoio à Ucrânia e na defesa de "cada centímetro" do território da Otan.
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