Autoridades americanas apreenderam um navio norte-coreano usado para vender carvão, alegando violação de sanções internacionais, segundo informaram funcionários do Departamento de Justiça nesta quinta-feira (9).
Segundo eles, o navio "Wise Honest" está se aproximando das águas territoriais dos EUA, com a coordenação dos marechais dos EUA e da Guarda Costeira.
Autoridades disseram que esta foi a primeira vez que os EUA apreenderam um cargueiro norte-coreano por violar as sanções internacionais.
"Este navio que está burlando sanções está fora de serviço", disse o procurador-geral assistente, John Demers, ao anunciar a apreensão.
O navio graneleiro de casco simples de 17.601 toneladas é um dos maiores transportadores da Coreia do Norte. As autoridades dos EUA disseram que ele foi usado para transportar carvão norte-coreano ilicitamente e entregar maquinário pesado para a Coreia do Norte.
Reportagens indicam que as autoridades indonésias detiveram a embarcação no ano passado sob suspeita de que estivesse violando sanções. Autoridades americanas não disseram se a Indonésia havia lhes entregado o navio.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução em 2017 que proíbe a Coreia do Norte de exportar carvão. Mas isso não impediu a Coreia do Norte de continuar conduzindo seu comércio, de forma ilícita. O país tem uma frota de navios fantasmas que pintam nomes falsos em seus cascos, roubam números de identificação de outros navios e executam seus negócios passando as cargas de navio a navio em alto mar, a fim de evitar olhares indiscretos nos portos.
Sanções à Coreia do Norte
A apreensão do "Wise Honest" marca uma escalada da pressão do governo dos EUA sobre Pyongyang, mesmo com a aproximação do presidente Donald Trump e do ditador norte-coreano Kim Jong-un.
No mês passado, um juiz federal no Distrito de Columbia aprovou um conjunto de intimações que visam os registros financeiros dos bancos chineses, o que pode mostrar como o regime norte-coreano tentou escapar das sanções ao seu programa nuclear.
Nesse caso, as autoridades estão investigando se uma corporação de Hong Kong pode ter ajudado a Coreia do Norte a escapar das sanções.