Os Estados Unidos apresentaram nesta quinta-feira (6) ao Iraque o texto final do acordo que regulamenta a presença militar norte-americana no país a partir de 2009. O Iraque diz que ainda quer negociar mais.
O tratado, que prevê a permanência dos EUA até 2011, substituirá o mandato da ONU que expira ao final do ano. O texto parecia definido até que, no mês passado, o Iraque exigiu mudanças.
"Devolvemos a eles um texto final. Com este passo completamos o processo da parte dos EUA", disse Susan Ziadeh, adida de imprensa dos EUA em Bagdá. "O Iraque precisará agora levar adiante o seu próprio processo."
Essa declaração parece fechar a porta a qualquer negociação adicional, que já foi discutida durante quase um ano. Mas Ali Al Dabbagh, porta-voz do governo iraquiano, disse que é preciso negociar mais.
"Eles fizeram alguns comentários sobre algumas das emendas (propostas pelo Iraque), o que agora exige reuniões com os norte-americanos para chegarmos a um entendimento comum", disse. "O clima é positivo", acrescentou.
De acordo com o porta-voz, estão pendentes detalhes sobre quando soldados norte-americanos poderiam ser processados no Iraque-Bagdá achou os termos vagos demais.
Em Washington, uma fonte oficial dos EUA disse que o Iraque propôs diversas emendas.
"Tratamos várias delas. Houve algumas que não poderíamos aceitar, e outras aceitamos."
Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono, disse que "este acordo, e o texto que devolvemos, respeita a soberania iraquiana e também dá as proteções necessárias para que nossas forças operem."
O pacto precisa ser aprovado pelo Parlamento iraquiano, o que deixa pouco tempo para negociações ainda neste ano. O Iraque diz que, se necessário, vai solicitar uma prorrogação do mandato da ONU, mas ambas as partes dizem preferir um acordo bilateral rápido.
As emendas propostas pelo Iraque também reforçam o compromisso dos EUA de deixarem o país até o final de 2011 e proíbe a utilização do território iraquiano para lançar ataques contra outros países.
Ao aceitar uma retirada dentro de três anos, o governo de George W. Bush, que até então rejeitava prazos, se colocou numa posição parecida com a do presidente-eleito Barack Obama, que passou a campanha eleitoral inteira sugerindo a retirada até meados de 2010.
O governo norte-americano anunciou a retirada de uma brigada de combate nas próximas seis semanas. Outras 14 devem permanecer em 2009, mas a partir de meados do ano, segundo o acordo com o Iraque, devem ter suas atribuições reduzidas, parando de realizar patrulhas urbanas, por exemplo.
Os EUA disseram nesta quinta-feira que Romênia e Bulgária, que têm respectivamente 500 e 150 soldados no Iraque, decidiram retirá-los em breve.
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