Os Estados Unidos aprovaram nesta sexta-feira (23) a proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para encerrar o impasse em torno do programa nuclear iraniano, informou a Casa Branca. "Os Estados Unidos apresentaram sua resposta positiva à proposta do diretor-geral da AIEA, (Mohamed) ElBaradei", disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Mike Hammer, em comunicado. "Esperamos a resposta do Irã."
ElBaradei havia estabelecido este dia 23 como prazo limite para a França, Irã, Rússia e os EUA darem sua aprovação formal ao acordo pelo qual a Rússia vai enriquecer, em níveis mais altos, o urânio de baixo enriquecimento do Irã. A Rússia foi o primeiro país a oficializar sua aprovação. A França tomou a mesma medida. Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da França, Bernard Valero, afirmou que o projeto "satisfaz" o governo francês.
Uma fonte ligada às negociações em Viena disse que o Irã espera uma resposta "positiva" das potências mundiais para sua proposta de adquirir combustível nuclear para seu reator em Teerã, segundo o site da televisão estatal iraniana.
A emissora estatal informou que o Irã quer comprar o combustível nuclear que precisa para um reator de pesquisa em vez de aceitar a proposta, apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), de enviar a maior parte de seu urânio para a Rússia. Citando uma fonte próxima às negociações em Viena, a TV estatal disse que Teerã espera uma resposta para sua proposta de comprar combustível para o reator, usado para fabricação de isótopos radioativos para uso médico.
Impasse
O enriquecimento de urânio pode ser usado para fins pacíficos, mas também para a produção de armas nucleares. A AIEA defende que o Irã enriqueça o material em outro país, como forma de ampliar o controle sobre o programa nuclear iraniano, alvo de controvérsia internacional. Teerã afirma ter apenas fins pacíficos, mas países como EUA e Israel desconfiam que o país persa também busque produzir armas. O Irã deu sinais divergentes sobre se aceitaria enviar quase todo seu urânio ao exterior para o processo de enriquecimento.
Os diplomatas dizem que a Rússia ficaria com todo o urânio, mas subcontrataria a França para processar parte dele. Com isso, não seria necessária uma negociação direta entre Paris e Teerã. Os negociadores iranianos deixaram claro durante as consultas da AIEA nesta semana que não queriam a França como parte de um acordo. O governo do presidente Nicolas Sarkozy tem sido um duro crítico do programa nuclear iraniano, temendo que o país busque uma bomba nuclear.
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