Washington – Estudos teriam comprovado que a carne e o leite de animais clonados são seguros para o consumo humano, segundo divulgou nesta semana a Food and Drugs Administration (FDA – agência que regulamenta os alimentos e os medicamentos vendido nos EUA). O governo dos EUA também reiterou que esses alimentos não precisam ter identificação diferenciada em suas embalagens.

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O anúncio foi feito pela FDA após pesquisas terem confirmado que a carne e o leite de gado geneticamente modificados podem ser ingeridos da mesma maneira que os do gado comum.

Essa declaração do governo americano foi em resposta às reclamações de grupos civis que são contra à clonagem.

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"Com base em exames da FDA em centenas de publicações científicas e outros estudos sobre a saúde e a composição do alimento de animais clonados e suas crias, a avaliação de risco determinou que a carne e o leite dos clones e suas crias são seguros como a comida que consumimos todos os dias", disse Stephen Sundlof, diretor do Centro de Medicina Veterinária da FDA.

A comercialização de produtos retirados de animais clonados passará a ser autorizada pela FDA após 90 dias.

"A clonagem não representa riscos particulares para a saúde dos animais, comparada com outras tecnologias de reprodução atualmente em uso na agricultura americana", destaca.

A FDA tem enfrentado críticas dos especialistas em engenharia genética. Eles argumentam que pesquisas independentes mostram que 60% dos norte-americanos são contra à clonagem dos animais e não comprariam carne ou leite de animais clonados. A rejeição tenderia a ocorrer mesmo sob a garantia da FDA de que seriam alimentos seguros.

"Pensamos que é uma decisão muito ruim", disse Carol Foreman, da Federação Americana de Consumidores.

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Campanhas em frente a lojas varejistas podem ser feitas por grupos de consumidores contrários à venda de produtos provenientes de animais geneticamente modificados, prevê Foreman.

"Pedimos à opinião pública que escreva à FDA e aos membros do Congresso para pedir que voltem atrás", comenta.

Foreman argumenta que o governo dos EUA não levam em conta as pesquisas que revelam que a gestação de animais clonados podem terminar em abortos espontâneos e parte dos que sobrevivem não chegam à idade adulta. A técnica da clonagem, que foi amplamente divulgada após o nascimento da ovelha Dolly há dez anos, é usada hoje na criação de gado, porcos, cavalos e outros animais.