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Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (23) que, por ordem do presidente Joe Biden, suas forças militares bombardearam três enclaves utilizados pelo grupo iraquiano Kataib Hezbollah e outros que apoiam o Irã no Iraque.
O Pentágono informou em comunicado que a ação, "necessária e proporcional, foi em resposta direta à crescente série de ataques contra o pessoal dos EUA e da coalizão no Iraque e Síria por parte de grupos apoiados pelo Irã".
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reconheceu no comunicado os esforços contínuos das tropas que lutam ao lado de parceiros regionais para desmantelar o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Austin disse que nem ele nem Biden hesitarão em tomar qualquer medida necessária para defender seus interesses.
"Não estamos procurando aumentar o conflito na região. Estamos totalmente preparados para tomar medidas adicionais para proteger nosso povo e nossas instalações. Pedimos a esses grupos e a seus patrocinadores iranianos que cessem imediatamente esses ataques", enfatizou.
O Comando Central dos EUA (Centcom) escreveu na rede social X (antigo Twitter) que os ataques ocorreram à 0h15 de quarta-feira (24) no horário de Bagdá.
O ataque dos EUA foi realizado um dia depois de o país emitir sanções contra três líderes e apoiadores do Kataib Hezbollah e contra a companhia aérea Fly Baghdad, devido a seu apoio à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e a grupos relacionados em Iraque, Síria e Líbano.
Segundo o Departamento do Tesouro americano, essas sanções ressaltam a ameaça contínua que a Guarda Revolucionária e sua rede representam para o pessoal dos EUA e para a região.
O Kataib Hezbollah foi responsabilizado por vários ataques com drones e mísseis contra funcionários dos EUA em Iraque e Síria desde o dia 7 de outubro, dia em que o grupo islâmico palestino Hamas atacou Israel.
Os EUA também acusam esse e outros grupos pró-iranianos no Iraque de enviar continuamente mensagens de apoio ao Hamas e de deixar claro seu compromisso de atacar os americanos.