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A briga entre Trayvon Martin e o vigilante voluntário George Zimmerman poderia ter sido "evitada", segundo o relatório policial divulgado nesta quinta-feira (17) pela Promotoria da Flórida, que aponta ainda que o jovem negro havia fumado maconha.

Após uma discussão, Zimmerman atirou e matou Martin, de 17 anos, no dia 26 de fevereiro passado, em um bairro fechado de Sanford, no centro da Flórida.

A briga "poderia ter sido evitada" se Zimmerman "tivesse ficado em seu veículo à espera da chegada da polícia", destaca o relatório divulgado nesta quinta-feira, que inclui a autópsia de Martin, provas balísticas e gravações de telefones celulares da vítima e dos oficiais que atenderam a chamada.

Os resultados da autópsia revelaram que Martin tinha THC - componente químico da maconha - no sangue e na urina, e que o disparo de Zimmerman ocorreu a uma distância entre 2,5 cm e 45 cm.

Michael Wagner, o policial que chegou ao local do crime, entregou seu smartphone para perícia e os investigadores encontraram fotos de Zimmerman com o nariz quebrado. "Também vi a parte de trás da cabeça de Zimmerman sangrando", escreveu o agente no aparelho.

O relatório de 183 páginas, divulgado pela promotora especial Angela Corey, parece confirmar a alegação de Zimmerman de que agiu em legítima defesa.

Na Flórida, a lei permite a qualquer pessoa que se sinta ameaçada de morte atirar em "legítima defesa", no que os críticos chamam de "atire primeiro e pergunte depois". Por esta razão, Zimmerman não foi detido quando matou Trayvon Martin.

O presidente Barack Obama exigiu uma profunda investigação do caso e pediu as autoridades da Flórida a revisão da legislação envolvendo armas de fogo.

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