Os Estados Unidos buscarão uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas neste ano, informou o Departamento de Estado nesta terça-feira (31). Trata-se da última mudança na administração de Barack Obama em relação ao governo George W. Bush.
A secretária de Estado, Hillary Clinton, e a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, disseram em comunicado que o governo tentará ser eleito para o conselho, a fim de ajudar a tornar mais efetivo o desejo de Obama de criar uma "nova era de engajamento" na comunidade internacional.
A administração Bush boicotou o conselho, por suas repetidas críticas a Israel e por sua recusa a citar flagrantes abusos no Sudão e em outros países.
"Os direitos humanos são um elemento essencial na política externa global americana", apontou Hillary. Susan defendeu que, com a entrada de Washington, o país pode, "de dentro", tornar o conselho "um fórum mais efetivo para promover e proteger os direitos humanos".
Sediado em Genebra, o conselho foi criado em 2006 em substituição à Comissão de Direitos Humanos da ONU, essa vista como ineficaz. Ele tem atualmente 47 membros, que cumprem mandatos de três anos. A próxima eleição será em 15 de maio, na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.
Funcionários envolvidos com o tema dizem que há o temor de que os EUA não consigam uma vaga neste ano. Há também a expectativa de alguns de que a presença dos EUA cause descontentamento em Israel e pode não ter o efeito desejado nos outros membros do conselho. As informações são da Associated Press.
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