![EUA cancelam vistos de cem funcionários municipais da Nicarágua envolvidos na repressão O secretário de Estado americano, Antony Blinken: comunicado do governo dos Estados Unidos cita participação dos funcionários no fechamento da Universidade Centro-Americana e na prisão do bispo Rolando Álvarez](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/08/19171842/344011bf4853b9728a89216464ace2c69094dcabw-960x540.jpg)
O Departamento de Estado dos Estados Unidos informou neste sábado (19) que o governo americano cancelou os vistos de cem funcionários municipais da Nicarágua que colaboraram na repressão perpetrada pela ditadura de Daniel Ortega.
Em comunicado, o departamento apontou que esses funcionários “participaram de esforços para reprimir organizações da sociedade civil, fechar espaços cívicos como o da Universidade Centro-Americana [UCA] e prender injustamente indivíduos corajosos que apoiam uma sociedade civil livre, incluindo o bispo Rolando Álvarez”.
O religioso mencionado pelo Departamento de Estado foi condenado em fevereiro a mais de 26 anos de prisão por “traição à pátria” pela ditadura da Nicarágua. Já a UCA teve seus bens desapropriados nesta semana e teve sua gestão assumida pelo regime sandinista, que mudou o nome da instituição para Universidade Nacional Casimiro Sotelo Montenegro.
A universidade jesuíta passou a ser perseguida pela ditadura de Ortega porque acolheu manifestantes feridos durante a repressão aos protestos por democracia de 2018.
No comunicado deste sábado, o Departamento de Estado americano justificou que as restrições de vistos foram adotadas em conformidade com uma proclamação presidencial que suspende a entrada nos Estados Unidos “como imigrantes e não imigrantes” de pessoas responsáveis por políticas ou ações que ameacem a democracia na Nicarágua.
“Continuaremos a trabalhar com a comunidade internacional para que haja responsabilização daqueles que ameaçam a democracia na Nicarágua e continuamos comprometidos em promover as liberdades fundamentais do povo nicaraguense e o respeito por seus direitos humanos”, apontou o departamento.
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