A secretaria de imprensa do presidente norte-americano Barack Obama chamou o ataque israelense a uma escola da ONU em Gaza de "inaceitável" e "indefensável", em comunicado nesta quinta-feira (31). A declaração é a crítica mais forte a Israel feita pelos Estados Unidos no atual conflito.
O ataque aconteceu na quarta-feira (30), e atingiu cinco mísseis em uma escola da ONU que estava sendo usada como acampamento por famílias palestinas desabrigadas. Ao menos 15 pessoas morreram.
Os Estados Unidos também pressionaram Israel a fazer mais esforços para poupar a vida de civis durante a ofensiva. "Está claro que precisamos que nossos aliados em Israel façam mais para cumprir os altos padrões que eles estabeleceram", disse a secretaria de imprensa.
A ONU também criticou Israel nesta quinta (31), dizendo que a população de Gaza está "encarando um precipício". O órgão divulga que cerca de 220 mil pessoas estão desabrigadas na região.
O chefe da UNRWA - agência da ONU para refugiados palestinos - Pierre Krähenbühl, disse ao Conselho de Segurança da instituição que Israel deve assumir responsabilidade por ajudar os desabrigados, sobretudo diante da informação de que o Exército israelense está ordenando que mais pessoas evacuem suas casas.
"Se mais deslocamentos realmente acontecerem, a força ocupante, de acordo com a lei internacional, terá que assumir responsabilidade direta por dar assistência a essas pessoas", disse Krähenbühl.
Além dos desabrigados que buscam auxílio da ONU, cerca de 200 mil devem estar em casas de familiares, e cerca de 299 mil crianças precisam de apoio psicossocial na região, segundo o órgão.
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