Eleitores fazem fila para manter medidas de distanciamento sanitário em uma seção eleitoral de uma escola em Caracas, em 6 de dezembro de 2020, durante as eleições legislativas na Venezuela.| Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Ouça este conteúdo

Na falta de observadores da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos (OEA), a eleição deste domingo (6), na Venezuela teve a participação de monitores iranianos. Mojtaba Zonnour foi o chefe de uma delegação parlamentar do Irã, convidada por Nicolás Maduro, para atestar a transparência dos resultados.

CARREGANDO :)

"O objetivo é desmontar as acusações e o ambiente de guerra psicológica criado pelos americanos na Venezuela", disse Zonnour.

Na outra ponta do espectro político, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que a eleição de hoje foi "uma farsa". "A fraude eleitoral já foi cometida na Venezuela. Os resultados anunciados pelo regime ilegítimo de Maduro não refletirão a vontade do povo venezuelano. O que está acontecendo é uma fraude e uma farsa, não uma escolha", escreveu Pompeo no Twitter.

Publicidade

A União Europeia também rejeitou os resultados. Os chanceleres do bloco disseram hoje que buscarão "o máximo de consenso" com a oposição e países da região sobre o que fazer após o dia 5 de janeiro, quando a nova Assembleia toma posse.

A eleição, disputada por cerca de 14 mil candidatos de mais de 100 partidos, vem com o país em profunda crise - sufocado pela inflação crescente, falta de abastecimento de água e gás, e afligido por cortes repentinos de energia.

A vitória daria ao governante Partido Socialista de Maduro o controle de uma Assembleia Nacional, com 227 assentos - a única instituição que não está em suas mãos.

A participação inicial da eleição foi baixa, com muitas seções eleitorais em Caracas vazias ou com poucos eleitores.

A Venezuela também foi fortemente atingida pela pandemia da Covid-19, e os eleitores foram obrigados a usar máscaras e fazer o distanciamento social dentro dos locais de votação.

Publicidade