• Carregando...

O presidente Barack Obama criticou a China na segunda-feira (30) para que melhore seu histórico nos direitos humanos, e a secretária de Estado, Hillary Clinton, disse que abordará o assunto em Pequim na semana que vem, mas ambos silenciaram sobre o dissidente que diz estar sob proteção norte-americana.

Em coletiva de imprensa, Obama aparentava andar em uma corda bamba para não dizer nada que pudesse dificultar a solução do caso de Chen Guangcheng mas expressando a preocupação dos EUA com os direitos humanos e o apreço por uma maior cooperação com a China.

O caso de Chen emergiu quando os secretários de Estado e do Tesouro dos Estados Unidos se preparam para viajar à China para conversas na quinta e na sexta-feira com autoridades chinesas, encontro anual que provavelmente será eclipsado pelo destino do dissidente cego.

Chen, que se opõe aos abortos forçados na China, fugiu da prisão domiciliar no interior do país e está sob a guarda dos EUA em Pequim, de acordo com um grupo de direitos humanos sediado nos Estados Unidos, criando um dilema diplomático para as maiores potências econômicas do mundo.

Analistas dizem que o dissidente parece ter duas opções: ir para o exílio, o que ele disse a associados não querer fazer; ou conseguir que as autoridades chinesas lhe permitam viver em liberdade na China, um risco na melhor das hipóteses.

Bob Fu, cujo grupo de direitos religiosos e políticos ChinaAid é a principal fonte de informação sobre Chen, insinuou que a solução mais plausível seria que ele deixasse a China pelos EUA com sua família sob a alegação de necessitar de cuidados médicos.

"Outra opção mais realista é que ele e sua família venham para os Estados Unidos para receber tratamento médico", disse Fu à Reuters em entrevista em Midland, no Texas, onde sua organização está sediada.

Nem Obama nem Hillary disseram uma palavra em público sobre Chen, cuja sombra crescerá durante o Diálogo Estratégico e Econômico EUA-China desta semana em Pequim, mesmo que ele permaneça invisível.

Indagado sobre o caso de Chen, Obama declarou: "Obviamente estou ciente dos relatos da imprensa sobre a situação na China, mas não farei um declaração sobre este assunto".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]