Os Estados Unidos começaram a retirar tropas do Afeganistão como parte do acordo de paz assinado em 29 de fevereiro com o Talibã, disse uma autoridade do Pentágono nesta segunda-feira (9).
No acordo, o governo dos EUA prometeu reduzir seu nível de tropas, de mais de 12 mil militares para 8,6 mil em 135 dias, disse o coronel Sonny Leggett, porta-voz das forças militares dos EUA no Afeganistão. Ele também enfatizou que "todos os meios militares necessários" são mantidos para operações contra a rede Al Qaeda ou o grupo Estado Islâmico (IS), principalmente.
Após esse período, os Estados Unidos e os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "concluirão a retirada de suas forças restantes do Afeganistão dentro de 14 meses", determina o acordo.
O acordo de Doha prevê que milhares de tropas americanas deixem o Afeganistão em um plano em etapas após mais de 18 anos de guerra. Em troca, o Talibã terá de assumir vários compromissos de segurança e manter uma promessa de dar seguimento às conversações com o governo em Cabul.
Histórico
A guerra do Afeganistão, iniciada em 7 de outubro de 2001, como resposta aos atentados do 11 de setembro, é o mais longo conflito protagonizado pelos Estados Unidos.
Ao todo, as tropas americanas já contabilizaram 1,9 mil soldados mortos em combate e 20,7 mil feridos até 20 de fevereiro deste ano, segundo dados do Pentágono. Entre os países da Aliança, o Reino Unido é o segundo com o maior número de baixas, com 454 mortos em combate, seguido do Canadá, com 157. A ONU calcula entre 32 mil e 60 mil o número de civis afegãos mortos durante a guerra.
Em 30 de setembro de 2019, o Pentágono estimava que o custo das operações militares no Afeganistão chegou a US$ 776 bilhões desde 2001, incluindo os US$ 197,3 bilhões destinados à reconstrução do país e de suas instituições.
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