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O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, confirmou nesta quarta-feira (23) que a Coreia do Norte enviou tropas à Rússia, classificando a iniciativa como uma "escalada muito séria" no conflito do leste europeu.
O representante da Casa Branca conversou com repórteres enquanto visitava uma base militar na Itália. Na declaração, Austin não detalhou o número de militares que estão em Moscou, nem como estariam atuando ao lado do regime de Vladimir Putin. “Isso ainda está sendo investigado”.
Oficiais da inteligência dos Estados Unidos e da Coreia do Sul têm acompanhado a situação e a principal hipótese de Seul é de que essas tropas serão enviadas para lutar ao lado da Rússia na Ucrânia. Nenhuma informação nesse sentido foi confirmada, até o momento.
Nas últimas semanas, a Ucrânia e Seul afirmaram que mais de 12 mil norte-coreanos estariam treinando para lutar ao lado de soldados russos.
No início desta semana, o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul convocou o embaixador da Rússia no país asiático, Georgy Zinoviev, para condenar a transferência de tropas norte-coreanas para o território russo com o objetivo aparente de transferi-las para a linha de frente na Ucrânia, apoiando Moscou na invasão.
A Rússia negou alegações anteriores sobre a presença de tropas da Coreia do Norte no país, no entanto o Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul divulgou imagens de satélite que mostram o movimento de navios de transporte da Marinha russa entre a costa nordeste norte-coreana e a cidade portuária russa de Vladivostok, bem como concentrações de militares norte-coreanos em bases militares no Extremo Oriente.
Analistas avaliam que, para a ditadura comunista de Kim Jong-un, da Coreia do Norte, a guerra na Ucrânia tem sido um caminho para sair do isolamento geopolítico, enquanto Putin ganha novos soldados em meio às baixas do lado de Moscou.