O Departamento de Estado dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira (30) a retirada das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) da sua lista de grupos terroristas, depois de 24 anos da inclusão, ao garantir que não se trata mais de uma “organização unificada”.
“Após o acordo de paz com o governo da Colômbia, as Farc se dissolveram e se desarmaram formalmente. Já não existem mais como uma organização unificada, que esteja envolvida com o terrorismo, em atividades terroristas ou que tenha capacidade ou intenção de fazê-lo”, afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, por meio de comunicado.
A decisão acontece poucos dias depois da celebração do quinto aniversário do acordo de país firmado entre o extinto grupo guerrilheiro e o governo da Colômbia, então presidio por Juan Manuel Santos.
O Departamento de Estado informou, contudo, que o anúncio da retirada da lista de organizações terroristas não elimina as acusações que possam surgir nos Estados Unidos por narcotráfico e outros crimes, contra antigos integrantes das Farc.
Blinken afirmou que, com essa decisão, está se tentando um reforço na capacidade de Washington de “apoiar melhor a adoção dos acordos de 2016, inclusive, no trabalho com combatentes desmobilizados”.
Além disso, o comunicado divulgado pelo Departamento de Estado aponta que foram incluídas na lista de organizações terroristas dois grupos associados às Farc, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia Exército do Povo (Farc-EP) e o grupo Segunda Marquetalia.
Os líderes desses grupos, Luciano Marín Arango, Hernán Dario Velásquez Saldarriaga, Henry Castellanos Garzón, Nestor Gregorio Vera Fernández, Miguel Santanilla Botache e Euclides España Caicedo, também passam a fazer parte da relação americana.
As Farc foram incluídas na lista americana em 1997; por consequência, os membros tiveram a entrada proibida nos Estados Unidos, além de restrito o acesso ao sistema financeiro internacional, entre outras sanções.
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