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Prédio da embaixada dos EUA em Bagdá, em cujas imediações um ataque no início de dezembro não deixou feridos
Prédio da embaixada dos EUA em Bagdá, em cujas imediações um ataque no início de dezembro não deixou feridos| Foto: Departamento de Estado dos EUA/Divulgação/Wikimedia Commons

Os Estados Unidos confirmaram que suas forças estão por trás de um ataque cometido nesta quinta-feira (4) contra um quartel-general do grupo pró-iraniano Multidão Popular, no leste de Bagdá, que matou, entre outros, o comandante apelidado Abu Taqua.

O porta-voz do Pentágono, general de brigada Pat Ryder, disse em entrevista coletiva que a decisão foi tomada “em legítima defesa” e que nenhum civil foi ferido e nenhuma infraestrutura foi danificada.

“Mushtaq Talib Al Saidi, conhecido como Abu Taqua, era o comandante da 12ª Brigada do movimento pró-iraniano Al Nujaba, que opera sob a proteção da Multidão Popular, e era ativamente envolvido no planejamento e execução de ataques contra o pessoal dos EUA”, disse.

Uma fonte do Ministério do Interior iraquiano declarou à Agência EFE que o ataque também matou o braço direito de Abu Taqua, além de outro membro do grupo, mas Ryder só confirmou a morte de uma segunda pessoa.

“Esse foi um ataque de autodefesa porque esse indivíduo em particular estava envolvido no planejamento e execução de ataques contra o pessoal dos EUA no Iraque e na Síria, o que, por definição, é uma ameaça que envolve agir em autodefesa”, declarou Ryder em referência a Abu Taqua.

O Exército iraquiano culpou hoje a coalizão liderada por Washington por atacar com um drone um quartel-general da Multidão Popular no leste de Bagdá.

Al Nujaba também faz parte da chamada Resistência Islâmica no Iraque, que tem feito ataques contra alvos americanos no Iraque e na Síria desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, devido ao apoio “inabalável” dos EUA a Israel.

Vários dos grupos que compõem a Resistência Islâmica no Iraque condenaram o ataque e exigiram que o governo iraquiano expulsasse as tropas americanas do país, exatamente o objetivo que pretendem alcançar ao promover ações contra as posições dos EUA no Oriente Médio.

“Como temos dito há algum tempo, reservamos nosso direito inerente à autodefesa e tomaremos as medidas necessárias para proteger nosso pessoal”, concluiu o porta-voz do Pentágono, ressaltando que o país não está buscando aumentar a tensão na região, mas também não permitirá que suas forças sejam ameaçadas.

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