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Os Estados Unidos confirmaram que suas forças estão por trás de um ataque cometido nesta quinta-feira (4) contra um quartel-general do grupo pró-iraniano Multidão Popular, no leste de Bagdá, que matou, entre outros, o comandante apelidado Abu Taqua.
O porta-voz do Pentágono, general de brigada Pat Ryder, disse em entrevista coletiva que a decisão foi tomada “em legítima defesa” e que nenhum civil foi ferido e nenhuma infraestrutura foi danificada.
“Mushtaq Talib Al Saidi, conhecido como Abu Taqua, era o comandante da 12ª Brigada do movimento pró-iraniano Al Nujaba, que opera sob a proteção da Multidão Popular, e era ativamente envolvido no planejamento e execução de ataques contra o pessoal dos EUA”, disse.
Uma fonte do Ministério do Interior iraquiano declarou à Agência EFE que o ataque também matou o braço direito de Abu Taqua, além de outro membro do grupo, mas Ryder só confirmou a morte de uma segunda pessoa.
“Esse foi um ataque de autodefesa porque esse indivíduo em particular estava envolvido no planejamento e execução de ataques contra o pessoal dos EUA no Iraque e na Síria, o que, por definição, é uma ameaça que envolve agir em autodefesa”, declarou Ryder em referência a Abu Taqua.
O Exército iraquiano culpou hoje a coalizão liderada por Washington por atacar com um drone um quartel-general da Multidão Popular no leste de Bagdá.
Al Nujaba também faz parte da chamada Resistência Islâmica no Iraque, que tem feito ataques contra alvos americanos no Iraque e na Síria desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, devido ao apoio “inabalável” dos EUA a Israel.
Vários dos grupos que compõem a Resistência Islâmica no Iraque condenaram o ataque e exigiram que o governo iraquiano expulsasse as tropas americanas do país, exatamente o objetivo que pretendem alcançar ao promover ações contra as posições dos EUA no Oriente Médio.
“Como temos dito há algum tempo, reservamos nosso direito inerente à autodefesa e tomaremos as medidas necessárias para proteger nosso pessoal”, concluiu o porta-voz do Pentágono, ressaltando que o país não está buscando aumentar a tensão na região, mas também não permitirá que suas forças sejam ameaçadas.