O governo dos Estados Unidos aumentou nesta segunda-feira (21) para três o número de americanos que morreram no ataque terrorista a um campo de gás na Argélia na semana passada, e informou que outros sete cidadãos deste país sobreviveram ao atentado.
Victor Lynn Lovelady e Gordon Lee Rowan, dois funcionários americanos da central de In Amenas, morreram durante o ataque, disse em comunicado a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.Estas mortes se somam ao do também americano Frederick Buttaccio, que já tinha sido confirmada pelo governo dos EUA na sexta-feira passada.
"Transmitimos nossas mais profundas condolências as suas famílias e amigos. Em sinal de respeito pela privacidade das famílias, não temos mais comentários", afirmou Victoria Nuland.
"Como disse o presidente (Barack Obama), a culpa desta tragédia está nas mãos dos terroristas que a executaram, e os Estados Unidos condenam suas ações nos termos mais fortes possíveis", argumentou.
O FBI recuperou os corpos de Lovelady e Rowan e notificaram suas famílias. Não foram informados detalhes sobre a morte das vítimas, nem as cidades de onde eram provenientes.
Troca
Os militantes que atacaram o campo de In Amenas haviam oferecido, durante o sequestro, a libertação dos dois reféns americanos em troca de dois suspeitos de terrorismo presos nos EUA --Omar Abdel Rahman, um xeque cego acusado de tentar explodir monumentos de Nova York, e Aafia Siddiqui, um cientista paquistanês condenado por atirar em dois soldados americanos no Afeganistão.
O governo dos EUA, no entanto, rejeitou a oferta.Entendimento
Os Estados Unidos seguirão trabalhando com o governo da Argélia para conseguir um "melhor entendimento" do ocorrido e determinar como prevenir ameaças similares, acrescentou Nuland, em sua declaração.
Segundo o balanço oficial de vítimas fatais divulgado pelo governo argelino, morreram 37 estrangeiros de oito países e um argelino no ataque terrorista, que se iniciou na quarta-feira e terminou no sábado com uma intervenção militar.
Um total de 792 trabalhadores, 107 deles argelinos, sobreviveram à ação, a maior destas características na história recente do país. Vinte e nove terroristas morreram na operação militar lançada para acabar com a tomada do complexo.
O ataque foi reivindicado pelo líder terrorista argelino Mokhtar Belmokhtar. A ação foi uma resposta à intervenção internacional em apoio ao governo do Mali contra os grupos radicais islâmicos que operam nas regiões centrais do país.