O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou ter bloqueado cerca de US$ 30 bilhões em ativos líbios, no mesmo dia em que o Pentágono afirmou estar reposicionando forças navais e aéreas em redor da Líbia para facilitar possíveis futuras ações militares.
A informação sobre o bloqueio de fundos é de David Cohen, subsecretário para assuntos de terrorismo e inteligência financeira do Tesouro.
Segundo ele, trata-se da maior soma já bloqueada em uma situação semelhante.
O presidente dos EUA, Barack Obama, havia assinado uma ordem executiva na sexta-feira congelando os bens do ditador Muamar Kadafi e de quatro de seus filhos, em resposta à sangrenta repressão do governo líbia aos manifestantes pró-democracia nas últimas semanas.
Cohen declarou que mais sanções estão a caminho, e que o departamento estuda aumentar a lista de indivíduos afetados.Também nesta segunda, o governo britânico anunciou ter conseguido abortar um plano de Kadhafi de retirar o país o equivalente a um bilhão de euros, usando, segundo a imprensa, subterfúgios dignos de um romance de espionagem.
País tomado pela rebeliãoO clima continuava tenso no país, praticamente tomado pela rebelião iniciada na cidade portuária de Benghazi, no leste. Os rebeldes fecham o cerco sobre a capital, Trípoli, mas o coronel promete resistir.
O vice-chanceler ameaçou nesta segunda com uma ofensiva militar às cidades do leste, caso as tentativas de negociação propostas pelo governo falhem.
Mas os rebeldes, recém-organizados em um conselho, afirmam que não estão abertos à negociação e pedem a saída imediata de Kadafi.
Aviões militares sobrevoaram na segunda Djabiya, uma das cidade tomadas pelos rebeldes no leste da Líbia, afirmou uma autoridade de segurança, acrescentando que a notícia anterior de que teriam bombardeado um depósito de armas era incorreta. A informação foi confirmada pelos rebeldes.
Ao mesmo tempo, cresce a pressão internacional sobre o regime de Kadafi, com sanções já anunciadas por EUA, União Europeia e ONU.
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