As autoridades norte-americanas disseram neste domingo (23) que continuarão perseguindo Edward Snowden, ex-funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança, que revelou para o mundo a existência de programas secretos de vigilância mantidos pela administração do presidente Barack Obama.
Snowden deixou Hong Kong hoje e aterrissou no aeroporto internacional de Sheremetyevo, em Moscou, segundo informações do aeroporto - embora ele ainda não tenha desembarcado. Segundo a agência de notícias russa Interfax, Snowden tem voo agendado de Moscou para Cuba amanhã. Informações divulgadas mais cedo davam conta de que ele sairia posteriormente de Moscou para Havana, capital de Cuba, de onde partiria para Caracas, capital da Venezuela.
A porta-voz do Departamento de Justiça dos EUA, Nanda Chitre, disse que "haverá um esforço em busca da cooperação para a aplicação da lei com outros países para os quais Snowden possa estar se dirigindo".
O Departamento de Justiça, que já buscava a extradição de Snowden sob acusação de divulgação não autorizada de informações sobre a defesa nacional, disse que o assunto continuará sendo discutido com as autoridades de Hong Kong, após terem decidido que ele poderia deixar o país legalmente. As autoridades de Hong Kong disseram que as informações concedidas pelos EUA não foram suficientes para dar sustentação a extradição pelas leis locais.
O senador democrata norte-americano Charles Schumer criticou duramente o presidente russo, Vladmir Putin, por permitir a aterrissagem de Snowden e disse que o incidente pode ter sérias consequências para as relações diplomáticas entre os dois países. Schumer disse acredita que tal viagem teria de ser aprovada por Putin.
Na sexta-feira o governo dos EUA abriu um processo contra Snowden, acusando-o de comunicação não autorizada de informações sobre a defesa nacional, comunicação intencional de relatórios secretos de inteligência e roubo de propriedades do governo. Cada um desses crimes tem uma sentença máxima de 10 anos de prisão.
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