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Empresa de Detroit fecha as portas e cartaz avisa que ela voltará às atividades quando o governo municipal permitir| Foto: SETH HERALD/AFP

Mais de três milhões de americanos solicitaram seguro-desemprego na semana passada, segundo relatório do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, divulgado nesta quinta-feira (25). O número de pedidos é recorde e deve-se à paralisação de vários negócios por causa da epidemia do novo coronavírus no país. Na semana anterior, 282.000 reivindicações haviam sido notificadas.

O recorde anterior para uma única semana havia sido registrado em 1982, quando 695 mil solicitações do benefício foram registradas. Segundo o departamento, o dado atual também está bem acima dos níveis vistos em meio à crise financeira de 2008.

O setor mais afetado é o de serviços, principalmente hotéis e restaurantes, mas indústrias de assistência médica e assistência social, artes, entretenimento, transporte e indústrias de armazenamento e manufatura também estão demitindo mais.

O secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin, disse que os números apresentados "não são relevantes" agora, porque refletem apenas o curto prazo e porque o pacote de estímulo econômico de US$ 2 trilhões do governo, aprovado pelo Senado na quarta-feira (25), permitirá que pequenas empresas recontratem muitas dessas pessoas. "Na semana passada eles [pequenas empresas] não sabiam se teriam alguma proteção, não tinham dinheiro, eles não tiveram escolha [a não ser demitir]", disse Mnuchin à CNBC.

Ele continuou afirmando que muitas grandes empresas continuam a contratar, citando o exemplo de supermercados, farmácias, serviços de entrega. "Essas empresas estão fazendo hora extra, então eu sei que estão contratando pessoas o mais rápido possível". Mnuchin também disse que os americanos começarão a receber ajuda em dinheiro dentro de três semanas.

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 2,1% no quarto trimestre de 2019, de acordo com a terceira e última leitura do indicador, divulgada nesta quinta pelo Departamento do Comércio americano. O resultado confirmou as duas estimativas anteriores e também veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

Apenas os gastos com consumo, que representam cerca de 70% do PIB americano, tiveram expansão anualizada de 1,8% entre outubro e dezembro, apresentando forte desaceleração ante os dois trimestres anteriores. O dado, no entanto, foi ligeiramente revisado para cima em relação à segunda estimativa, de alta de 1 7%.

O Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) avançou à taxa anualizada de 1,4% no quarto trimestre. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, subiu 1,3% no mesmo período.

Os números do PCE foram revisados para cima. Há um mês, as estimativas eram de alta de 1,3% do PCE e de ganho de 1,2% do núcleo do PCE.

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