O Pentágono qualificou na quarta-feira o recente teste norte-coreano com mísseis de curto alcance de "nada útil e potencialmente desestabilizador", e anunciou que o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, vai para Seul e Tóquio na semana que vem.

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Gates iniciará a visita com um encontro com o novo governo do Japão, que prometeu maior independência em relação a Washington, seu aliado. Gates vai tentar oferecer ao governo do premiê Yukio Hatoyama um "melhor entendimento" sobre acordos em vigor que estabeleceram a presença de bases norte-americanas no Japão e uma missão de apoio dos japoneses no Afeganistão, disse o porta-voz do Pentágono Geoff Morrell.

"Obviamente queremos trabalhar com o novo governo para garantir que eles tenham todas as informações necessárias para entender melhor o que foi decidido por governos anteriores", disse Morrell.

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Segundo ele, os acordos são "muito complicados". "Mas são benéficos para ambos os países, para a nossa relação de longo prazo e para a situação da segurança na região", disse Morrell.

Na terça-feira o ministro japonês da Defesa anunciou que Tóquio pretende abandonar a sua missão de reabastecimento em apoio às operações dos EUA no Afeganistão. Um porta-voz do governo disse, no entanto, que uma decisão final ainda não foi tomada.

O novo premiê japonês diz que pretende retirar a base naval dos EUA da ilha de Okinawa. Os dois países já haviam decidido levá-la para uma área menos habitada, e transferir os 8.000 marines ali presentes para Guam.

Na Coreia do Sul, onde há 28 mil soldados dos EUA, Gates irá copresidir uma reunião anual de segurança, nos dias 21 e 22 de outubro. Ele irá reafirmar o compromisso de Washington com a defesa da Coreia do Sul diante dos testes norte-coreanos com mísseis nesta semana, segundo Morrell.

"Obviamente, lançamentos de mísseis dessa natureza não são nada úteis e (são) potencialmente desestabilizadores, e são recriminados por nós e por outros na região", acrescentou.

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A Coreia do Norte disparou na segunda-feira cinco mísseis de curto alcance em sua costa leste, o que foi visto por analistas como uma tentativa de melhorar seu poder de barganha em eventuais discussões multilaterais sobre o seu desarmamento nuclear.

O lançamento coincidiu com a chegada do porta-aviões norte-americano George Washington à costa sul-coreana. O Norte habitualmente protesta contra visitas desse tipo, qualificando-as como um "prelúdio para a guerra".

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