Os Estados Unidos repreenderam a Rússia neste domingo (28) por seu “obstrucionismo” na conferência de revisão do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que terminou na última sexta-feira sem um acordo depois que Moscou rejeitou as críticas à sua tomada da usina ucraniana de Zaporizhzhia.
Em comunicado, o Departamento de Estado americano criticou o “obstrucionismo cínico” da Rússia, mas argumentou que o TNP continua “forte” graças ao apoio dos outros estados signatários.
A 10ª conferência de revisão do TNP terminou sem acordo na sexta-feira, depois que a Rússia vetou uma declaração de consenso sobre as críticas à apreensão da usina de Zaporizhzhia.
A Rússia se recusou a aceitar vários parágrafos sobre a situação na usina e a necessidade de devolvê-la ao controle das autoridades ucranianas competentes.
Em seu comunicado, Washington novamente pediu à Rússia que cesse suas atividades militares perto de Zaporizhzhia e devolva o controle da usina à Ucrânia.
“Estamos orgulhosos de ter trabalhado de forma construtiva e de boa fé com todas as partes para chegar a um consenso. As ações da Rússia refletem apenas a opinião da Rússia. É claro que o resto dos estados do TNP reconhecem que o tratado é um pilar essencial da ordem internacional”, disse o Departamento de Estado em seu comunicado.
O TNP, assinado por 191 países, é o único tratado multilateral com poder vinculativo que estabelece o desarmamento nuclear como objetivo.
As instalações de Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa, foram tomadas por tropas russas no início da guerra e nos últimos dias foram objeto de repetidos ataques - dos quais Moscou e Kyiv se acusam -, levantando alerta para um potencial desastre.
Embora a guerra na Ucrânia tenha tornado a reunião sobre o TNP especialmente complicada, não é a primeira vez que esta reunião ordinária é encerrada sem consenso, algo que já aconteceu na última edição, realizada há sete anos.
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