O representante dos Estados Unidos para a Venezuela, Elliott Abrams, afirmou que Cuba e Venezuela tiveram influência nas crises de vários países da região nos últimos meses. "Está claro que Cuba e Venezuela fizeram muito - com transmissões, pelo Twitter e com declarações - para exacerbar os problemas do último mês em muitos países sul-americanos", disse Abrams em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (27), em Washington, em referência aos protestos recentes em Chile, Colômbia, Bolívia e Equador.
"Isso é óbvio. Há evidências, como a expulsão de cidadãos venezuelanos da Colômbia", disse Abrams, sobre a expulsão de 60 venezuelanos expulsos da Colômbia na segunda-feira, acusados pelas autoridades do país de participar de atos de vandalismo durantes protestos.
Abrams disse ainda que os Estados Unidos "acompanham de perto o que cubanos e venezuelanos estão fazendo na América do Sul".
Os países do Tiar (Tratado Interamericano de Assistência Recíproca) se reunirão na próxima terça-feira (3), na capital da Colômbia, para analisar a situação da Venezuela. Segundo o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, os membros do Tiar avaliarão denúncias de influência do chavismo nas recentes manifestações em países da região.
"Foram detectados casos de desestabilização na América Latina. Há uma direção violenta em diferentes países", disse Guaidó em sessão da Assembleia Nacional na terça-feira (26). "Foram vistas células, pequenas, infiltradas nos protestos em nível latino-americano financiadas por Maduro. Células treinadas para a desestabilização", continuou o líder opositor, que disse que os países compartilharão informações de inteligência durante a reunião dos membros do Tiar.
Abrams informou na coletiva de imprensa que, durante a reunião do Tiar em Bogotá, serão discutidas novas restrições de viagens e sanções a dezenas de membros do regime de Maduro.
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