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Relatório

EUA culpam cartéis mexicanos e China por maior crise de drogas do país

A chefe da Administração Antidrogas dos EUA (DEA), Anne Milgram o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland (R), e o procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York, Damian Williams, participam de entrevista coletiva para anunciar a repressão ao tráfico de drogas. ações para interromper o fluxo de fentanil ilegal, no Departamento de Justiça em Washington, DC (Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS)

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A administração de Fiscalização de Drogas dos Estados Unidos (DEA) responsabilizou os cartéis de Sinaloa e Jalisco, do México, bem como a China, pela mais grave crise de narcóticos da história do país, que está sendo causada pela explosão de drogas sintéticas como o fentanil.

Em seu relatório chamada "Avaliação Nacional de Ameaça às Drogas 2024", a DEA destaca a “mudança perigosa” de drogas à base de plantas para drogas sintéticas. Essa mudança resultou “na mais perigosa e mortal crise de drogas que os EUA já enfrentaram”, diz o documento.

“Essas drogas sintéticas, como o fentanil e a metanfetamina, são responsáveis por quase todas intoxicações mortais por drogas em nosso país. Os cartéis de Sinaloa e Jalisco estão no centro dessa crise", disse Anne Milgram, chefe da DEA, no relatório.

"Ambos são as maiores e mais perigosas organizações criminosas do México, controlando locais clandestinos de produção de drogas e rotas de transporte no México, bem como corredores de contrabando para os EUA e redes em cidades americanas ao longo da fronteira sudoeste e outros locais importantes", acrescentou.

"Essas organizações criminosas transnacionais não são apenas fabricantes e traficantes de drogas, mas estão envolvidas em outros crimes, como tráfico de armas, lavagem de dinheiro, contrabando de migrantes, tráfico sexual, suborno e extorsão. Eles também têm um alcance global com presença na Europa, África, Ásia e Oceania", segundo o relatório.

A DEA também aponta a China como responsável por essa cadeia, pois as organizações criminosas dependem de empresas químicas e prensas de comprimidos chinesas para fornecer os precursores químicos e as prensas necessárias para fabricar as drogas.

Além disso, os cartéis usam organizações chinesas de lavagem de dinheiro para transferir seus lucros dos EUA para o México.

“As organizações de tráfico de drogas baseadas no México e na América do Sul estão usando cada vez mais sistemas bancários clandestinos baseados na China como seu principal mecanismo de lavagem de dinheiro”, afirma a DEA.

De acordo com os dados do relatório, o fentanil é a ameaça de drogas mais mortal que os EUA já enfrentaram, matando quase 38 mil americanos somente nos primeiros seis meses de 2023.

Seu uso, bem como o de outras drogas sintéticas, como a metanfetamina, é responsável por quase todas as overdoses e intoxicações fatais por drogas no país.

Além de sua enorme potência (é um opioide sintético 50 vezes mais forte que a morfina), observa a DEA, um de seus principais perigos é o fato de ser consumido em forma de pílula e “ser feito para se parecer com uma pílula de medicamento de prescrição real”.

Outra peculiaridade é que a produção de fentanil e metanfetamina (um estimulante sintético) não está sujeita aos mesmos desafios de produção que as drogas tradicionais à base de plantas, como a cocaína e a heroína, como o clima e os ciclos de colheita ou os esforços de erradicação do governo. "Elas podem ser fabricadas em qualquer lugar, a qualquer momento, com os produtos químicos, equipamentos e conhecimentos básicos necessários", lembrou a DEA. (Com Agência EFE)

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