A Casa Branca deu ontem prazo de 72 horas à British Petroleum (BP) para que apresente um plano detalhado com medidas para acabar com o vazamento de petróleo no Golfo do México, que dura quase dois meses. O anúncio ocorreu no dia em que o preço das ações da BP despencou para seu nível mais baixo em 14 anos.
A empresa informou que planeja trazer um dispositivo que queima petróleo e um navio petroleiro do Mar do Norte para o local do vazamento. O atual sistema de contenção do petróleo está recolhendo 630 mil galões por dia, disse o almirante Thad Allen, da Guarda Costeira dos Estados Unidos, em um comunicado à imprensa em Washington. Funcionários ouvidos antes haviam dito que essa é a capacidade máxima, mas Allen afirmou que agora eles acreditam que o sistema consegue recolher 756 mil galões diários.
Mesmo assim, muito petróleo escapa do sistema. A BP disse que o navio petroleiro aumentará a capacidade de recolher o petróleo que vazou e além disso o dispositivo que queima o óleo irá acelerar o combate ao vazamento.
O governo americano também está mantendo vigilância em como a BP está indenizando as pessoas pelas perdas no desastre.
Allen escreveu ao executivo-chefe da BP, Tony Hayward, pedindo "mais detalhes e franqueza" sobre como a petrolífera está lidando com as crescentes reclamações e pedidos de indenização, lembrando ao executivo que a empresa que ele chefia "é responsável ante o público norte-americano pelas perdas econômicas causadas pelo vazamento de petróleo".
"Nós precisamos de transparência completa da BP no processo de reclamações, incluída informação detalhada sobre como as queixas estão sendo avaliadas, quanto dinheiro está sendo calculado e o quanto rápido as reclamações são processadas", disse Allen.