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O governo de Barack Obama está usando um canal secreto de co­­municação para alertar o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, que fechar o Estreito de Ormuz seria cruzar uma "linha vermelha" e provocaria uma resposta direta americana, de acordo com uma reportagem do jornal The New York Times, publicada ontem.

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Citando fontes do governo ame­­ricano, o veículo diz que ainda não se sabe se houve uma resposta por parte do líder iraniano.

No último domingo, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Pa­­netta, afirmou que as au­­toridades americanas não deixariam o Irã desenvolver armas nu­­cleares ou bloquear o Estreito de Ormuz, área chave para o transporte do petróleo do Oriente Mé­­dio.

"Para nós, a linha vermelha para o Irã é o desenvolvimento de uma arma nuclear, bem como bloquear o Estreito de Ormuz", defendeu, durante entrevista à emissora de tevê americana CBS. "Eles precisam saber disso: se de­­rem esses passos, serão impedidos."

Na quinta-feira, Panetta reforçou o alerta em discurso a tropas no Texas, afirmando que os Es­­tados Unidos não tolerariam o fechamento do Estreito de Ormuz.

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O canal secreto de comunicação, afirma o Times, foi escolhido para mostrar ao Irã o tamanho da preocupação americana sobre o au­­mento das tensões no estreito, onde membros da Marinha dos EUA dizem temer que a Guarda Revolucionária iraniana faça algo provocativo por conta própria, dando início a uma crise maior.

"Se você me perguntar o que me mantém acordado à noite, é o Estreito de Ormuz, e as negociações em curso no Golfo Pérsico", afirmou o almirante Jonathan W. Gre­­enert, chefe de operações na­­vais.

Autoridades americanas e analistas do Irã disseram acreditar que as ameaças iranianas de fe­­char o estreito não são sérias e representam uma tentativa de elevar o preço do petróleo. Blo­­quear o estreito barraria também o caminho para boa parte das im­­portações e exportações do Irã, o que equivaleria a um suicídio econômico.