O governo dos Estados Unidos concordou em vender a Israel mil bombas "arrasa-bunker", num acordo que ampliaria significativamente a capacidade israelense para um eventual ataque contra o Irã. Especialistas no assunto afirmam que Israel precisa desses artefatos bélicos caso pretenda atacar as instalações nucleares da república islâmica, algumas delas abrigadas em fortalezas subterrâneas.
Na semana passada, o Departamento de Defesa (Pentágono) dos EUA notificou o Congresso sobre o acordo para vender a Israel bombas de pequeno diâmetro capazes de penetrar em bunkers. Não foi informado, no entanto, quando seriam entregues as bombas.
Os EUA e Israel suspeitam que o Irã desenvolva em segredo um programa nuclear bélico. O Irã sustenta que seu programa nuclear é civil e tem finalidades pacíficas, estando de acordo com as normas do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, do qual é signatário.
Em seus relatórios, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) têm informado não haver sinais de um programa nuclear com fins militares e os serviços secretos dos EUA divulgaram relatório há alguns meses afirmando ter evidências de que um programa nuclear militar mantido pelo Irã teria sido encerrado em 2003.
Ainda assim, EUA e Israel não descartam a possibilidade de bombardear o Irã caso o país não desista do enriquecimento de urânio, um processo essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, o urânio enriquecido pode ser usado para carregar ogivas atômicas.
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