Autoridades de segurança interna dos EUA não pretendem desistir de submeter passageiros aéreos a revistas corporais, apesar das reclamações de que esse procedimento viola a privacidade e a despeito da preocupação crescente suscitada pela questão no Congresso.
Neste domingo (21), com o início da temporada de viagens de férias, John Pistole, chefe da Administração de Segurança nos Transportes (TSA), reconheceu que as revistas em estilo policial, feitas como alternativa ao escaneamento ou além deste, podem ser inesperadamente invasivas.
"É algo invasivo, incômodo", disse ele.
Mas Pistole destacou que a segurança mais intensa, que inclui o uso mais amplo dos controversos escaneadores de corpo inteiro nos aeroportos, previsto para começar até o final do ano, é necessária para mitigar riscos de terrorismo.
Com pilotos sendo autorizados a portar armas e com as cabines reforçadas contra ameaças de sequestro, medidas que começaram após os ataques de 2001 em Nova York e Washington, nos últimos anos o escaneamento vem sendo voltado à detecção de possíveis complôs com bombas empregando explosivos sofisticados, difíceis de ser detectados.
Pedindo vigilância, membros da administração Obama apontaram para as tentativas de explodir bombas em aviões de carga com destino aos EUA, no mês passado, e à tentativa de explodir um avião da Delta Air Lines que viajava para Detroit no Natal passado.
O grupo Al Qaeda na Península Arábica, do Iêmen, reivindicou as duas conspirações.
A secretária de Estado Hillary Clinton disse achar que a vigilância é necessária, mas pediu precisão para "chegar ao ponto de equilíbrio correto" entre segurança e os interesses dos passageiros.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”