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Segurança

EUA descartam ataque a redutos da pirataria somali

Os Estados Unidos dificilmente atacarão os redutos dos piratas somalis, devido ao risco de mortes civis, disse uma alta fonte de defesa dos EUA, ressaltando que Washington no entanto deve prestar auxílio às autoridades locais.

Piratas somalis nos últimos anos capturaram dezenas de navios e ganharam dezenas de milhões de dólares em resgates. A questão entrou de vez na pauta de segurança dos EUA depois do ataque deste mês contra o navio de bandeira norte-americana Maersk Alabama.

A tripulação do cargueiro conseguiu evitar sua captura pelos piratas, que no entanto mantiveram o capitão da embarcação como refém durante cinco dias, até que franco-atiradores da Marinha dos EUA matassem três dos bandidos.

Depois do incidente, parlamentares e oficiais da reserva propuseram que as forças dos EUA atacassem os acampamentos dos piratas em terra.

Mas as autoridades norte-americanas receiam que uma eventual ação provoque mortes de civis, o que poderia levar a uma aliança dos piratas com grupos islâmicos somalis, como o Al Shahab.

"Realmente não estamos, do ponto de vista dos EUA, fazendo nada em terra", disse a fonte de defesa à Reuters, pedindo anonimato. "Esses acampamentos-base ficam localizados (...) junto a aldeias, de modo que o potencial de danos colaterais é significativo."

Sobre a possibilidade de bombardeios aéreos, essa fonte comentou "nunca diga não", mas afirmou que tal ação seria improvável, também por causa do risco de mortes civis. No passado, os EUA usaram bombardeios aéreos contra militantes islâmicos na Somália.

A fonte disse que a solução contra a pirataria somali envolve diversos elementos, inclusive esforços adicionais das empresas de navegação para se proteger e uma possível assistência dos EUA na região semiautônoma de Puntland (norte da Somália).

Puntland, onde fica a maioria dos acampamentos piratas, tem uma pequena e ineficaz guarda costeira, e os Estados Unidos estão considerando se poderiam ajudar a melhorar essa força, segundo o funcionário.

Outro problema gerado pela pirataria é como e onde processar os responsáveis.

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse nesta segunda-feira (20) que a libertação de piratas por forças da Otan, no fim de semana, passa uma mensagem errada aos piratas.

"Teremos de determinar a melhor forma de levar os piratas à justiça depois que eles forem capturados, e será preciso termos discussões adicionais sobre isso na Otan também."

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