O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que a situação mudou nas últimas semanas e que os EUA não apoiam mais proposta de trégua que apresentaram com a França| Foto: EFE/Lenin Nollly
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Os Estados Unidos manifestaram nesta quarta-feira (9) seu total apoio às operações militares de Israel contra o Hezbollah no Líbano, deixando de lado a proposta que apresentaram há duas semanas com a França para uma trégua de 21 dias que levaria a uma solução diplomática.

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“A situação no terreno mudou em relação ao que era há duas semanas”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em coletiva de imprensa.

Miller assegurou que Israel tem “o direito de realizar incursões limitadas” no Líbano para “degradar as capacidades do Hezbollah, destruir sua infraestrutura e infligir perdas entre suas fileiras”.

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Para o governo de Joe Biden, a solução para o conflito passa por garantir que o grupo terrorista cumpra integralmente a resolução 1.701, aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para pôr fim à guerra entre Israel e Líbano em 2006.

Essa resolução, que nunca foi totalmente implementada, estipulou o fim das hostilidades na fronteira comum, o posicionamento do Exército libanês no sul do país e o desarmamento de milícias paraestatais como o Hezbollah.

“Em última instância, queremos chegar a um cessar-fogo e uma resolução diplomática em que o Hezbollah finalmente, após 18 anos, cumpra integralmente a resolução do Conselho de Segurança”, disse Miller.

No entanto, os Estados Unidos já não insistem na proposta que lançaram com a França há duas semanas, durante a Assembleia Geral da ONU, de um cessar-fogo de 21 dias para alcançar uma solução diplomática para o conflito, que foi rejeitada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

O Hezbollah retomou o disparo de foguetes contra Israel a partir de solo libanês em 7 de outubro do ano passado, em resposta à ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

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Nas últimas duas semanas, as forças israelenses intensificaram seus ataques no sul do Líbano, onde, em 27 de setembro, mataram o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.