Oito pessoas foram presas no sul dos Estados Unidos por supostamente pertencerem a uma rede de tráfico de pessoas que ajudava migrantes a atravessarem a fronteira em condições desumanas, dentro de malas ou caixas.
Os detidos, motivados "pela ganância pessoal", transportaram "centenas ou até mesmo milhares" de migrantes do México para os EUA em condições que "puseram as suas vidas em risco", disse Kenneth Polite, procurador-geral adjunto da Divisão Criminal do Departamento de Justiça, em entrevista coletiva.
"Colocam as pessoas em espaços pequenos e perigosos, com ventilação limitada e temperaturas elevadas, arriscando as suas vidas e segurança por dinheiro", acrescentou.
Uma das oito pessoas detidas é Erminia Serrano Piedra, conhecida como "Irma" e "Boss Lady", de 31 anos, líder da rede. A maioria dos detidos são cidadãos americanos, exceto um mexicano e outro que tem nacionalidade americana e peruana.
Todos foram detidos no Texas, Louisiana, Mississippi e Alabama e são acusados de proporcionar o transporte e a circulação ilegal de migrantes dentro dos Estados Unidos "em condições deploráveis para lucrar".
Uma das operações resultou na libertação de doze imigrantes que estavam escondidos em uma casa, incluindo dois menores de idade.
Os migrantes seriam cidadãos do México, Guatemala e Colômbia, cujas famílias pagavam aos membros da organização para ajudá-los a viajar ilegalmente para os EUA.
Os migrantes atravessaram a fronteira em condições desumanas e depois foram abrigados em "esconderijos" em locais como Laredo e Austin, no Texas.
Os condutores, que cobravam cerca de US$ 2.500 por pessoa transportada, utilizaram vários métodos para o transporte, incluindo escondê-los em malas ou caixas de madeira transportadas em veículos ou enfiá-los na parte de trás de caminhões-cisterna.
As autoridades americanas apreenderam três propriedades dos detidos, onde supostamente escondiam os migrantes, além de mais de US$ 2,2 milhões.
A operação foi conduzida como parte dos esforços da Força-Tarefa Conjunta Alpha, que foi estabelecida em junho de 2021 pelo procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, para melhorar a aplicação da lei contra os grupos de contrabando e tráfico de pessoas que operam no México, Guatemala, El Salvador e Honduras.
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