Os Estados Unidos superaram sua expectativa de admitir 12 mil refugiados iraquianos neste ano e esperam ir além, recebendo talvez dezenas de milhares em 2009, disse o Departamento de Estado nesta sexta-feira (12).
A meta é admitir pelo menos 17 mil refugiados iraquianos no ano fiscal de 2009, que começa em 1º de outubro, segundo James Foley, coordenador do Departamento para questões de refugiados. Mas milhares de outros podem chegar por meio de um programa especial de vistos para pessoas que trabalharam para os EUA e seus contratados.
"Acho que vocês verão o governo dos EUA admitindo ao longo do ano fiscal de 2009 dezenas de milhares de iraquianos nos Estados Unidos", disse Foley a jornalistas.
Até 3.000 deles podem vir de Bagdá, onde os EUA começaram a realizar entrevistas neste ano, segundo ele.
Até agora, 12.118 refugiados iraquianos já desembarcaram, e outros mil devem chegar até o final do mês, quando se encerra o atual ano fiscal.
Em 2007, os EUA receberam apenas 1.600 refugiados iraquianos, o que provocou críticas de entidades de apoio a refugiados, que cobraram mais empenho em resolver um problema criado pela invasão norte-americana de 2003.
Vários outros países abrem suas portas de forma mais generosa. A Suécia, com apenas 9 milhões de habitantes, já recebeu mais de 40 mil iraquianos desde 2003.
O Acnur (órgão da ONU para refugiados) estima que haja 2 milhões de iraquianos no exterior, especialmente nas vizinhas Jordânia e Síria.
Foley disse que o governo iraquiano também precisa se empenhar mais em oferecer condições para ajudar seus refugiados e dar condições para sua volta. "Não se pode descartar que nessas situações a possibilidade de que os refugiados decidam por conta própria em grande número que é hora de voltar, mas será que o governo iraquiano estará preparado para isso?"
Os EUA gastaram neste ano 318 milhões de dólares em ajuda humanitária aos refugiados iraquianos, e esperam colaboração de outros doadores, "particularmente na região, sem mencionar o próprio governo do Iraque", disse Foley.
Ele se disse grato à Síria, país rival de Washington, por ter aceitado a instalação de um novo escritório para tramitar os pedidos de refúgio para os EUA.
"Apesar dos caprichos nas nossas relações bilaterais, com os quais todos estão familiarizados, acho que conseguimos concordar que para propósitos humanitários vamos fazer isso acontecer pelo bem dos refugiados iraquianos."
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