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ONU Conselho de Segurança
Reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas| Foto: UN Photo/Eskinder Debebe

Os Estados Unidos deverão apresentar nesta terça-feira (20) sua primeira resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo um "cessar-fogo temporário" entre Israel e os terroristas do Hamas. A resolução americana também deverá pedir para que as forças israelenses não realizem uma ofensiva terrestre em Rafah, no sul de Gaza.

A resolução, que poderá ser debatida nesta terça, é uma alternativa a um outro texto proposto pela Argélia, que pede um “cessar-fogo humanitário imediato” na guerra em curso no Oriente Médio. Segundo o representante dos EUA na ONU, Robert Wood, os americanos pretendem barrar a resolução argelina.

"Se esta resolução for finalmente votada, não será bem-sucedida", disse Wood aos jornalistas na sede da ONU em Nova York.

Segundo o jornal britânico The Guardian, a resolução que deverá ser apresentada pelos EUA condena o Hamas pelo ataque terrorista perpetrado no dia 7 de outubro, que resultou na morte de reféns, assassinatos e abusos, e afirma que uma ofensiva terrestre em Rafah “teria graves consequências para os civis e para a paz e segurança regionais”.

O projeto de resolução dos EUA também apela à proteção dos civis e à prestação de ajuda humanitária no enclave.

Esta seria, portanto, a primeira vez que os EUA apoiam explicitamente um “cessar-fogo”, ainda que temporário, na guerra que está em curso desde os ataques realizados pelos terroristas palestinos.

Recentemente, informações divulgadas pela mídia americana dão conta de que o presidente dos EUA, Joe Biden, estaria pressionando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a buscar por uma solução “diplomática” para o conflito.

Já na Europa, a Hungria barrou nesta segunda-feira um pedido da União Europeia (UE) sobre uma “pausa humanitária na Faixa de Gaza”, que posteriormente poderia levar a um cessar-fogo no conflito.

Os outros 26 países do bloco haviam concordado com o pedido, que acabou sendo impedido de ser apresentado devido a oposição de Budapeste. Demandas oficiais devem ser aprovadas de forma unânime na UE.

Diante do veto húngaro, o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, leu uma declaração em uma coletiva de imprensa apoiada pelos outros 26 países, onde pediu "uma pausa humanitária imediata que leve a um cessar-fogo sustentável, à libertação incondicional de todos os reféns e ao fornecimento de ajuda humanitária” no enclave palestino.

Borrell também insistiu nesta segunda-feira no pedido feito ao governo israelense para que "não realize uma missão militar em Rafah que possa piorar a situação humanitária”, que ele classificou como “catastrófica”, e “impedir a prestação urgente de serviços básicos e assistência humanitária".

O alto representante da UE reconheceu o direito de Israel de se defender, mas observou "a importância de garantir a proteção de todos os civis em todos os momentos, de acordo com a lei humanitária internacional".

Além de barrar o pedido da UE, a Hungria também impediu nesta segunda-feira que o bloco europeu aprovasse sanções contra os colonos israelenses que são acusados de estarem supostamente atacando palestinos na Cisjordânia e, diante desse veto, Espanha, República da Irlanda e Bélgica decidiram pressionar por sanções individuais. (Com Agência EFE)

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