O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, divulgou nesta segunda-feira (17) novas imagens que, segundo as autoridades americanas, comprovam que o Irã está por trás dos ataques a dois petroleiros no Golfo de Omã na semana passada.
Também nesta segunda-feira, o secretário interino de Defesa dos Estados Unidos, Patrick Shanahan, autorizou o envio de mil tropas americanas adicionais para o Oriente Médio ao citar preocupação com ameaças que teriam sido geradas pelo Irã. De acordo com ele, o envio das tropas tem por trás "propósitos defensivos". "Não queremos conflito com o Irã", escreveu.
"Os recentes ataques iranianos validam as informações confiáveis e credíveis que recebemos sobre o comportamento hostil das forças iranianas e seus grupos de procuradores que ameaçam o pessoal e os interesses dos Estados Unidos em toda a região", escreveu Shanahan em um comunicado divulgado pelo Pentágono nesta noite.
O Irã nega qualquer envolvimento com os ataques, que danificaram dois navios petroleiros no Golfo de Omã na quinta-feira (12).
Na sexta-feira (14), o Comando Central dos Estados Unidos divulgou as primeiras fotografias e um vídeo em preto e branco que, segundo os oficiais, comprovariam que o Irã atacou os dois navios petroleiros. Segundo oficiais americanos, o vídeo gravado a partir de um avião militar americano mostra marinheiros em um barco da Guarda Revolucionária Iraniana removendo uma mina não detonada do casco do petroleiro Kokura Corageous, um dos dois navios que sofreram os ataques na semana passada.
Após a acusação dos EUA, oficiais do Reino Unido disseram que o envolvimento de Teerã era "quase certo", enquanto o ministro das Relações Exteriores da Alemanha afirmou que o vídeo não era evidência suficiente para provar o caso contra o Irã. O presidente Donald Trump disse que "o Irã fez isso".
Um especialista em explosivos da Marinha falou com repórteres no Pentágono e disse que a mina de limpet, um tipo de mina naval que se liga ao casco do navio por ímãs, colocada acima da linha da água era um indicativo de que os autores tinham o objetivo de danificar o navio, mas não de afundá-lo, relatou a Bloomberg.
"O Irã é responsável pelo ataque com base em evidência de vídeo e os recursos e proficiência necessários para remover com rapidez a mina limpet não detonada", disse um comunicado divulgado com as fotos.