Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira (21) que as eleições presidenciais previstas na Síria para 3 de junho que buscam legitimar o regime de Bashar al-Assad são "paródia da democracia" e carecem de credibilidade.

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O presidente do parlamento sírio, Mohammad Jihad al-Laham, anunciou que a votação será realizada em 3 de junho, das 7h às 19h (horário local).

"As eleições presidenciais, que na realidade são um referendo e não um verdadeiro voto, (...) são uma paródia da democracia. O regime sírio dos Assad nunca realizou eleições verdadeiras e livres e tomou medidas legais e administrativas para assegurar que este voto não será justo", disse nesta segunda-feira durante sua entrevista coletiva diária a porta-voz do Departamento de Estado Jen Psaki.

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Ela destacou que se trata de uma chamada especialmente vazia dado que "o regime (de Assad) continua com o massacre do eleitorado que pretende representar".

"A repressão violenta das chamadas de liberdade e dignidade do povo sírio foi o que desencadeou este brutal conflito", destacou a porta-voz.

Jen afirmou que a convocação de eleições no atual contexto bélico não dá resposta às aspirações do povo sírio nem permite o país avançar rumo a uma solução negociada ao conflito.

O grupo de 11 países que formam o núcleo dos denominados Amigos da Síria afirmou no último dia 3 que as eleições convocadas por Assad "revelariam a rejeição do regime às bases do processo de Genebra e aprofundariam na divisão que existe na Síria". O grupo conhecido como "London 11" defende a criação de um órgão de transição que supervisione as reformas constitucionais no país e abra a porta para eleições livres e justas.

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança política opositora, rejeitou a convocação das eleições e antecipou que não as reconhecerá.

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Em 17 de março, o parlamento sírio concluiu a aprovação da nova Lei Eleitoral. Pela primeira vez em décadas será permitida a apresentação de vários candidatos ao pleito presidenciais.

Mesmo assim, a norma estipula que os aspirantes devem ter residido na Síria durante dez anos consecutivos contando a data de registro como candidatos e não podem ter uma segunda nacionalidade, fato que dificulta a concorrência de muitos opositores que estão exilados.